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sábado, 18 de dezembro de 2010

Rede Feminista denuncia propaganda de cerveja que reincide na discriminação racial e de gênero

Está na web a petição pública elaborada pela Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos que repudia a propaganda da cerveja de marca “Devassa” pelo teor discriminatório, racista e sexista. O documento é direcionado ao Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária -Conar e a outros organismos de direitos humanos. No texto, a Rede contesta o texto publicitário publicado em revista de circulação nacional, por considerá-lo “explicitamente desrespeitoso com as mulheres negras pela veiculação de estereótipos e mitos sobre a sua sexualidade”. Tendo em vista que esta propaganda viola os direitos humanos e a dignidade das mulheres afro-brasileiras e considerando que  a Cervejaria é reincidente na veiculação de publicidade discriminatória e sexista, a Rede Feminista de Saúde formulou a petição  que pode ser acessada e  assinada via on line aqui.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Exposição fotográfica homenageia Makota Valdina - BA

A mostra apresenta 60 imagens de 11 fotógrafos baianos com diferentes olhares sobre a cultura negra, numa celebração aos 67 anos de Valdina    

O Teatro Vila Velha recebe no dia 15 de dezembro, às 19h, a exposição "A Cultura Negra e Suas Cidades - Uma Homenagem a Makota Valdina". A mostra fotográfica reúne um acervo com 60 imagens registradas em diversas locações como Salvador, Cuba e Paris, por diferentes fotógrafos e tem por finalidade celebrar a beleza da cultura negra e homenagear os 67 anos de Makota Valdina. As fotos estarão à venda durante a mostra. Na abertura, haverá coquetel e pocket show com o cantor e percussionista Peu Meurray. A entrada é gratuita.
 
SERVIÇO:
Exposição fotográfica "A Cultura Negra e Suas Cidades - Uma Homenagem a Makota Valdina"
Abertura: Coquetel e pocket show com Peu Meurray
Data: 15 de dezembro de 2010
Horário: 19h
Local: Foyer do Teatro Vila Velha [Av. Sete de Setembro, s/n - Passeio Público - Campo Grande – Tel.: 3336-1384]
Entrada franca
Informações à imprensa:
Fernanda Miranda e Lívia Rangel
Via Press Comunicação fernanda@viapress.com.br
(71) 3505-0000/04/15
www.viapress.com.br

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

MUSA promove debate sobre travestilidade - BA

O MUSA/ISC/UFBA, a Regional Bahia da Rede Nacional Feminista e a Relatoria do Direito à Saúde Sexual e Reprodutiva da Plataforma Dhesca, convidam:  

Ciclo de Debates
Mulheres e Direitos Humanos
 
Travestilidade: O que é?

Keila Simpson - Coordenadora da Associação de Travestis de Salvador - ATRAS e Vice-Presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais - ABGLT
Debatedora: Cecilia Simonetti - Relatoria do Direito à Saúde Sexual e Reprodutiva da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos
  
Data: 16 de dezembro de 2010, das 14:00 às 17:00
Local: Sala 1 do Instituto de Saúde Coletiva

Morre Heleieth Saffiotti, referência do feminismo brasileiro


A família da Profª Drª HELEIETH IARA BONGIOVANNI SAFFIOTTI comunica, com pesar, seu falecimento nesta data e informa que o velório será realizado hoje, dia 14, a partir das 7 horas, no cemitério do Morumbi, em São Paulo, com sepultamento às 15 horas.

Heleieth Saffioti era Professora de Sociologia da UNESP e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP. Foi das primeiras feministas brasileiras a publicar livros e artigos sobre a condição das mulheres e seu nome é em si uma referência para a história do feminismo brasileiro.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Projeto Nkuentos, Tobosis e Ayabas: o NafroPM & as Mães Negras - BA

Nesta quarta-feira (15), às 14h, no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador, acontece o Projeto Nkuentos, Tobosis & Ayabas – o NAFROPM/BA & As Mães Negras. O encontro se constitui em uma mesa composta por quatro personalidades femininas que irão explanar a respeito do papel da Mulher Negra e as diversas circunstâncias que a envolvem na sociedade baiana e brasileira. O evento é em comemoração aos cinco anos de criação, do Núcleo de Religiões de Matriz Africana (Nafro PM), entidade constituída no âmbito da Polícia Militar do Estado da Bahia no ano de 2007, para congregar policiais militares e funcionários civis da PMBA, adeptos das Religiões de Matriz Africana (Candomblé e Umbanda). A realização é da PMBA através do NafroPM e conta com apoio da Sepromi e Sedes.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Quem é a nossa Ministra Luiza Bairros


Luiza Helena de Bairros nasceu a 27 de março de 1953 em Porto Alegre (RS). Filha do militar Carlos Silveira de Bairros e da dona de casa Celina Maria de Bairros. Sempre foi estimulada pelos pais quanto a sua formação. Não causou estranheza a seus familiares quando começou a envolver-se com as questões raciais, pois no período de colégio sempre fazia parte de grêmios e na universidade pertencia a diretórios acadêmicos, demonstrando um forte interesse pela militância estudantil. E foi na universidade, a partir de um amigo participante do diretório acadêmico, que teve seu primeiro contato com informações sobre os movimentos sociais americanos e ao conhecer o material dos Panteras Negras, ficou ainda mais entusiasmada com o caminho que estava traçando para sua luta política.

No início de 1979, participa da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ocorrida em Fortaleza. Foi impactada pela presença de inúmeros integrantes do Movimento Negro de várias regiões brasileiras, quando trava um contato mais próximo com o pessoal do Movimento Negro Unificado da Bahia e resolve muda-se para Salvador, no mês de agosto do mesmo ano.

Bacharel em Administração Pública e Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com conclusão em 1975; Especialista em Planejamento Regional pela Universidade Federal do Ceará concluindo em 1979; Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em Sociologia pela Michigan State University no ano de 1997.

Com toda esta qualificação trabalhou entre 2001 a 2003 no programa das nações Unidas para o Desenvolvimento/PNUD na coordenação de ações interagenciais e de projetos no processo de preparação e acompanhamento da III Conferência Mundial Contra o Racismo – relação Agências Internacionais/Governo/Sociedade Civil. Entre 2003 a 2005 trabalhou no Ministério do Governo Britânico para o Desenvolvimento Internacional – DFID, na pré-implementação do Programa de Combate ao Racismo Institucional para os Estados de Pernambuco e Bahia. Entre 2005 a 2007 foi consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, para questões de gênero e raça como coordenadora do programa de combate ao Racismo Institucional – PCRI na Prefeitura da Cidade do Recife, Prefeitura Municipal de Salvador e Ministério Público de Pernambuco.

Entre 1976 e início da década de 1990 esteve envolvida em pesquisas relevantes para o conhecimento e combate do racismo no Brasil e nas Américas, como por exemplo sua participação na coordenação da pesquisa do Projeto Raça e Democracia nas Américas: Brasil e Estados Unidos. Uma cooperação entre CRH e a National Conference of Black Political Scientists/NCOBPS.

Enquanto docente trabalhou na Universidade Católica de Salvador, Universidade Federal da Bahia/UFBA, dentre outras. Foi organizadora de alguns livros memoráveis e autora de vários artigos e dossiês. Coordenou diversos eventos na área do combate a discriminação racial.

Dona de uma trajetória respeitável, Luiza é reconhecida como uma das principais lideranças do movimento negro no País. Faz parte dos grupos de estudiosas/os e ativistas que contribuem e lutam para a superação do racismo e sexismo e esteve nas últimas décadas à frente de inúmeras iniciativas de afirmação da identidade negra na sociedade brasileira.
Pesquisadora na área de políticas públicas para população afro descendente, sempre trabalhou em prol da redefinição de novos caminhos para as mulheres negras, apresentando e sugerindo propostas em políticas voltadas para a igualdade racial e de gênero. Coroando esta trajetória no dia 8 de agosto de 2008 tomou posse como titular da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial da Bahia - Sepromi.

Fonte: Site Mulher 500 anos/ Blog de Bernardes Comunicação
Foto: Agecom/Gov. da Bahia

Luiza Bairros na SEPPIR: vitória das mulheres negras

Socióloga aceita convite para pasta de Igualdade Racial

Luiza Bairros acertou com Dilma que costurará apoio de movimentos sociais para que seja legitimada no cargoConsiderada uma das principais lideranças contra discriminação racial, gaúcha construiu sua militância na Bahia
NATUZA NERY
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

A presidente eleita, Dilma Rousseff, chamou a socióloga Luiza Bairros para assumir a Secretaria de Igualdade Racial. Ela aceitou o convite, mas ficou de costurar apoio de movimentos sociais ao seu nome para que seja confirmada no cargo.
Atual secretária de Igualdade Racial da Bahia, onde construiu sua militância, a gaúcha Luiza Bairros é considerada uma das principais lideranças no combate à discriminação racial.
O perfil da ministeriável, que é ligada ao PT, cumpre as exigências de Dilma para o posto: ser mulher e negra. A escolha de seu nome acabou derrubando uma outra indicação do PT para o cargo: o deputado Vicentinho (SP).
Dilma a conheceu quando era ministra. Segundo fontes do governo de transição, ela se encantou com a desenvoltura da socióloga.
Bairros, que deverá assumir um lugar no primeiro escalão na cota pessoal de Dilma, recebeu, ainda, a bênção do governador Jaques Wagner (PT-BA), um de seus principais aliados e conselheiros.
Apesar da escolha, a presidente eleita tem um problema para fechar, como planejava, o time de quatro mulheres em diferentes secretarias.
O imprevisto foi provocado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Espírito Santo, que rejeitou anteontem a prestação de contas da deputada Iriny Lopes, cotada para a secretaria das Mulheres.
O tribunal apontou irregularidades nas notas fiscais de gastos com combustível feitos pela deputada, que diz ter havido falha do posto de gasolina. Dilma decidirá sobre seu nome nos próximos dias.
Ao lado da nomeação de Ideli Salvatti (PT-SC) para Pesca e de Maria do Rosário (PT-RS) para os Direitos Humanos, Iriny e Bairros fechariam a cota de mulheres.
A pedido do PSB, Dilma pode unir portos e aeroportos para contemplar a legenda, que antes não pretendia.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

UNEB encerra Campanha dos 16 Dias com lançamento de livro sobre Lélia Gonzalez - BA

Falar da trajetória de Lélia Gonzalez (1935/1994) é quase como tomar a benção a uma das grandes líderes negras brasileira da atualidade. Não apenas pelos títulos  conquistados por essa mineira que adotou o Rio de Janeiro. Lélia foi brilhante como intelectual, parlamentar, professora universitária e antropóloga e, principalmente por ter se dedicado a pensar o feminismo negro e o movimento negro brasileiro. Por isso, em vida, conquistou amigos/as e adversários. Agora, no Orun, Lélia, recebe mais uma homenagem: o livro que leva seu nome, escrito pelo doutor em antropologia, Alex Ratts e pela doutoranda Flávia Rios. 

A obra será lançada em Salvador no próximo dia 10 de dezembro, sexta-feira, às 18 horas, no Cepaia (Largo do Carmo nº 4) e marcará o encerramento das atividades dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, campanha desenvolvida pela UNEB, com a coordenação geral da vice-reitora, professora Amélia Maraux.
 
O lançamento contará com uma roda de conversa com as presenças de Alex Ratts, e da Secretária Estadual de Promoção da Igualdade (SEPROMI), Luiza Bairros, que também já escreveu sobre Lélia Gonzalez, a exemplo do artigo Relembrando Lélia Gonzalez. O livro integra a Coleção Retratos do Brasil Negro, coordenada por Vera Lúcia Benedito, mestre e doutora em Sociologia/Estudos Urbanos pela Michigan State University (EUA) e pesquisadora e consultora da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Essa coleção foi criada com o propósito de dar visibilidade a vida de personalidades que marcaram a cultura, política e a militância negra brasileira.
 
Alex Ratts  é professor dos cursos de graduação e mestrado em Geografia do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (UFG) e já publicou artigos cujas temáticas são quilombos, relações raciais e grupos étnicos. Já Flavia Rios é socióloga, doutoranda na Universidade de São Paulo e pesquisa sobre relações raciais, movimentos sociais e políticas públicas. O evento da UNEB conta com o apoio do Cepaia e Ceafro/UFBa.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Tarde de autógrafos com a jornalista Francilene Martins autora do livro fotográfico Mam’etu - BA

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Francilene Martins apresenta fotografias das indumentárias das mães de Nkisi (orixá) de nação Angola na Galeria do Livro

Mam’etu (nossa mãe em kibundo) é o livro fotográfico da jornalista, Francilene Martins, que demonstra a tradição das indumentárias usadas em cerimônias do candomblé, em eventos sociais e no dia a dia das mulheres negras de Angola e do Brasil. A tarde de autógrafos será no dia 05 de dezembro, na Galeria do Livro do Espaço Unibanco de Cinema – Glauber Rocha, Praça Castro Alves, s/n - Centro - Salvador , Castro Alves, às 15h, com entrada franca.

Para os admiradores das manifestações ancestrais, essa é uma oportunidade de conhecer noções de hierarquia feminina no candomblé e como esta é representada nas roupas e nos acessórios.

Em Mam’etu, Francilene Martins tem como proposta revelar o mundo das mães de Nkisi e de suas filhas, considerando a tradição matriarcal do candomblé, ela estabelece uma relação paralela entre a hierarquia e as roupas que traduzem esse universo de respeito e de valores basilares dentro das religiões de matrizes africanas.

Sobre a experiência de conceber o livro, Francilene Martins destaca a importância da percepção hierárquica. “Em Mam'etu pude perceber o saber do candomblé da nação Angola, os saberes que perpetuam a hierarquia. O poder das vestes não se trata de ostentação é uma relação de cultura ancestral, preservação dos valores dos nossos antepassados cultuando o Nkisi”, destaca a jornalista e fotógrafa.

Mam’etu

Trata-se de um livro fotográfico que tem como tema destacar a tradição das vestes das mães de Nkisi (orixá) ou mãe de todos/as, quem cuida e quem cria no candomblé. Mam’etu é resultado da pesquisa de conclusão do curso de jornalismo de Francilene Martins, o objetivo dessa pesquisa foi registrar a indumentária da Mam’etu usada em cerimônias, nos eventos sociais e no dia a dia, e que hoje faz parte do cotidiano das mulheres negras no Brasil.

A autora

Francilene Martins, 37, é uma baiana feminista com mais de 16 anos de história no movimento de moradia popular, com trabalhos na área de habitação de interesse social e saúde. Também é diretora, produtora, jornalista e fotógrafa. Aluna especial do Mestrado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo PPGNEIM/ UFBA e do Mestrado em Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento e Desenvolvimento Regional PPGCD/UNEB. Pesquisadora colaboradora do AYOKÁ KIANDA Núcleo de Pesquisas e Estudos Multidisciplinares Africanos e Afro-Americanos (DCHT XXIV/UNEB).  Entre seus trabalhos de destaque estão a direção em parceria com Dayanne Pereira do curta metragem O Repente que Nasce do Repente - Paraíba da Viola, a  direção do filme Os quatro cantos dos Povos Bantu, a direção do documentário do Seminário Nacional da Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (ACBANTU), a produção do lançamento da loja Katuka, a exposição fotográfica Desabafo de Mulheres e a produção do projeto dos  100 anos Ilê Axé Opó Afonjá, em parceria com o produtor Ramon Rocha.

Ativista do movimento negro vem construindo políticas públicas para comunidades tradicionais na agenda nacional com o Mapeamento dos Terreiros de Candomblé, além de projetos que propõem o cinema de inclusão que aborda as comunidades afro-brasileiras.

Serviço
O que: Tarde de autógrafos com a jornalista Francilene Martins autora do livro fotográfico Mam’etu
Autora: Francilene Martins
Onde: Galeria do Livro, no cinema Unibanco/Glauber Rocha
Quando: 05/12/2010
Horário: 15h
Valor do livro: R$40
Entrada Franca

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Palestra "O Legislativo na luta pelo fim da violência contra as mulheres" - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

A Superintendência de Políticas para as Mulheres - SPM/PMS, convida você para participar da Palestra "O Legislativo na luta pelo fim da violência contra as mulheres" que acontecerá no dia 01 de dezembro de 2010, às 09h no Centro de Referência Loreta Valadares - CRLV,  com a presença das Vereadoras Eron Vasconcelos, Marta Rodrigues, Andréa Mendonça, Aladilce de Souza, Olívia Santana e Vânia Galvão.

--CRLV - Centro de Referência Loreta Valadares
SPM - Superintendência de Política para as Mulheres

Rua Aristides Novis, nº 44, Federação
CEP 40.210-630, Salvador-BA, Brasil.
Tel/Fax: 55 71 3117-6769/6770
centroreferencialv@salvador.ba.gov.br
http:www.spm.salvador.ba.gov.br

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

38ª Vigília pelo Fim da Violência contra as Mulheres - BA

(Clique na imagem para ampliá-la)

Mostra Mulher, no Forte de Santo Antônio - BA


Durante quatro horas, o Forte de Santo Antônio Além do Carmo será palco e platéia de atividades de artes plásticas, artes cênicas, música e dança realizadas por mulheres. Essa reunião de expressões culturais diversas, com o objetivo de enfatizar o protagonismo da mulher, é a proposta da Mostra Mulher!, que será realizada no dia 5 de dezembro, domingo, das 16h às 20h.

O evento é promovido pelo Curso de Produção Cultural da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, que traz à cena baiana o
desempenho da mulher que, em uma perspectiva cultural, demonstra a sua capacidade e seu lugar de sujeito em uma sociedade historicamente conformada pela “guerra dos sexos”.

A Mostra Mulher! contará com uma programação diversificada, composta pelo Estúdio da Imagem, espaço onde mulheres de todas as idades poderão ser produzidas e fotografadas. As participantes terão sua imagem projetada em um telão no local do evento, através de uma parceria com o Labfoto. Haverá ainda o Painel das Artes, destinado às artes visuais produzidas in loco por artistas como Priscila Bona, Paula Magno e Nina Dantas e as Oficinas de dança do ventre e dança cigana, ministradas pela professora Roberta Campos; além de esquetes de teatro que abordarão a questão de gênero. Tudo isso ao som da DJ Mayan.

Durante toda a tarde, o público poderá assistir às intervenções de clown coordenadas pela atriz Felícia Menezes e conhecer a exposição coletiva “Mulheres em Movimento”, que transformou as ruas de Salvador através de imagens do mundo visto pelo olhar feminino, sob a curadoria da artista e professora Márcia Magno.


A Mostra Mulher! será encerrada com apresentação do Samba das Moças - grupo composto por seis mulheres que valorizam, através de sua música,

o samba de roda do Recôncavo Baiano.

A entrada para a Mostra Mulher! será gratuita, mas a organização do evento solicita 1 kg de alimento não-perecível, que será doado ao Centro Nova Semente, que atende crianças filhas de presidiárias.

link:
http://ibahia.globo.com/revistacultural/noticia/default.asp?codigo=235975

sábado, 27 de novembro de 2010

SPM publica livro sobre o Pacto Nacional de Enfretamento à Violência contra a Mulher

O livro reúne os principais avanços na igualdade de gênero entre 2007 e 2010

Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher foi condensado em um livro. A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) sistematizou nesta quinta-feira (25) mais essa  publicação que  mostra os resultados conquistados  pelo  programa em três anos.

A obra apresenta os objetivos, as metas, o modelo de gestão e as instâncias de implementação das políticas públicas de enfrentamento aos problemas de gênero. Traz ainda, um balanço das principais ações desenvolvidas pelo governo federal para implementação do Pacto e as metas alcançadas entre os anos de 2007 a 2010. 

Faça o download do livro aqui

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dia Internacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres: Em Defesa de nossas Meninas Candaces

por Andréia Lisboa de Sousa*
 
Se refletirmos um mínimo sobre a questão, não teremos dificuldades em perceber o queo sistema de ensino destila em termos de racismo: livros didáticos, atitude dos professores em sala de aula e nos momentos de recreação, apontam para em processo de lavagem cerebral de tal ordem que, a criança (…) já não mais se reconhece como negra. E são exatamente essas “exceções” que, devidamente cooptadas, acabam por afirmar a inexistência do racismo e de suas práticas.  Quando se dá o caso oposto, isto é, de não aceitação da cooptação e de denúncia do processo [de] super-exploração a que o negro é submetido, surge imediatamente a acusação de ‘racismo ás avessas’. (Lélia Gonzalez, 1979)
 

A intelectual e ativista negra Lélia Gonzalez, uma de nossas Candaces** brasileiras, nos lembra que historicamente no Brasil negros e negras encontram-se em desvantagem nos sistemas de ensino, assim como nas demais agencias do bem estar social. Nossos dois últimos presidentes, FHC (1994-2001) e Lula (2002-2010)  reconheceram a existência do racismo que assola não somente o tecido social como o indivíduo e suas relações interpessoais. Todavia, nesse Dia internacional de enfrentamento à violência contra as Mulheres em 2010, quais são as perspectivas colocadas para as mulheres e meninas negras brasileiras? Mostra-se bastante significativo o investimento na manutenção do papel da mulher negra como um ser pouco inteligente, relegada apenas a exercer o trabalho doméstico, sendo comandada por uma mulher branca. Seria a imagem da empregada doméstica, sem escolarização, caricaturizada, animalizada, beiçuda e macaca de carvão  o único lugar que a sociedade reserva e consegue permitir como de visibilidade à mulher negra?
Observamos que, recentemente, em 2006, fomos induzidos a pensar que houve avanço na política dos programas de livros do Ministério da Educação (Programa Nacional Biblioteca na Escola/PNBE, Programa Nacional do Livro Didático/PNLD e Programa Nacional do Livro do Ensino Médio/PNLEM) no sentido de contemplarem o princípio do respeito à diversidade etnorracial. Os editais dos referidos programas expressam categoricamente que: “serão excluídas as coleções que não obedecerem aos seguintes estatutos (…)” (Edital do PNBE/2010); “Serão sumariamente eliminadas as obras que não observarem os seguintes critérios (...)” (Edital do PNLD 2010) e “Todas as obras deverão observar os preceitos legais e jurídicos (...)” (Edital PNLEM 2007).
Todos eles citam, dentre outros dispositivos legais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e suas alterações, o Parecer CNE/CP nº 003/2004, de 10/03/2004 e a Resolução CNE/CP nº 1, de 17/06/2004, que dispõem sobre as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. O PNBE cita o Estatuto da Criança e do Adolescente e os dois últimos ainda citam a “Lei nº 10.639/2003”, que tornou obrigatório o ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar.  O PNBE explicitamente informa que obras que veiculem estereótipos e preconceitos de condição social, regional, étnico- racial, de gênero, de orientação sexual, de idade ou de linguagem, assim como qualquer outra forma de discriminação ou de violação de direitos (…)” serão excluídas. Diante desse jogo político, é evidente que os editais sofreram alterações em suas redações, mas não foram capazes de alterar o olhar do/da avaliador/a e, por conseguinte,  não alterou o processo e as formas de avaliação e seleção de livros racistas e discriminatórios. Desse modo, em 2010, infelizmente nos deparamos com o descumprimento dos critérios de exclusão das obras submetidas ao processo de avaliação dos referidos programas, uma vez que tanto as regras do edital quanto o posicionamento político do MEC contrariam o que foi proposto e divulgado em seus respectivos editais. Por isso, houve a necessidade de se elaborar o parecer  CNE/CEB Nº: 15/2010, orientando sobre a situação e as atentando para implicações da seleção do livro: “As caçadas de Pedrinho”de Monteiro Lobato, dado seu conteúdo discriminatório.
O que há por trás de uma gestão de política de livros que faz alterações em seus editais e as divulga fazendo parecer que está cumprindo as leis, mas que no entanto, na prática, produz um efeito totalmente contrário? O que há por de trás dos cartéis editoriais brasileiros, controlados por algumas corporações européias, que submetem livros racistas para a seleção dos programas do MEC. É assim que a supremacia branca evidencia seu poder social, pois mesmo tendo ciência das regras de seleção de livros, ela submete e tem selecionado (aprovado) livros com conteúdos racistas. Na verdade, esse programas de livros são utilizados como aparelhos ideológicos estatais que, dessa forma, mostram-se eficientemente à serviço da produção, reprodução e reforço de práticas discriminatórias contra, principalmente, a menina, a jovem e a mulher negra.
Apesar dos esforços de entidades que trabalham com direitos humanos, entidades negras, de educadoras/es e de pesquisadoras/es negras/os em prol do combate ao racismo e ao preconceito, o livro “As caçadas de Pedrinho” sem qualquer avaliação rigorosa no que diz respeito, especificamente, à temática racial foi aprovado pelas/os avaliadoras/es do  Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE). Cabe então perguntar: quem são esses avaliadores? Quantos especialistas negros, especializados em literatura infanto-juvenil fazem parte da equipe de avaliação? Quais mudanças efetivas ocorreram na política do Programa Nacional Biblioteca na Escola, após a aprovação do Parecer CNE/CP nº 003/2004, de 10/03/2004 e da Resolução CNE/CP nº 1, de 17/06/2004?
Como a temática etnorracial está sendo implementada nas instâncias internas e externas do MEC? Como a política orçamentária é planejada para a realização de programas de capacitação e como os cursos de capacitação da Secretaria de Educação Básica têm preparado nossas/os profissionais de educação para lidar com a educação para a igualdade racial? Necessitamos que nossas/os especialistas negras/os não só sejam parte integrante das equipes que compõem esses programas, mas que sejam os gestores (coordenadores) dos mesmos para que uma política de inclusão e diversidade etnorracial se concretize de fato. Necessitamos também de especialistas em materiais pedagógicos sobre essa temática integrando o mercado editorial, principalmente nas editoras que submetem seus livros aos programas de livros do MEC.
Como podemos entender como normal a compra de livros que veiculem abertamente a identificação de “macaca de carvão” com explicitado em “As caçadas de Pedrinho”para pessoas negras? Se o fato de  uma personagem que é apontada como “macaca de carvão” não se enquadrar na definição de estereótipo e estigma, teremos que mudar toda a literatura acadêmica sobre o tema. Goffman, Bendelow, Gillian and Williams, Ana Célia da Silva, Esmeralda Negrão, Fúlvia Rosemberg, Regina Pahim Pinto, Edith Piza, dentre outras que já evidenciaram em seus conhecidos estudos o quanto o preconceito e o estereótipo são nocivos para crianças e adolescentes. Portanto, os estudos acadêmicos de referência para o tema não mais servirão para nortear novos estudos e análises.
Se o MEC não cumpriu a meta de formação de professores, se as universidades não instituíram disciplinas para a educação das relações raciais, salvo algumas exceções, de onde vem a certeza de que nossos professores estão preparados para - após o contato da criança com um texto preconceituoso que já implicou em seu auto-conceito e auto-imagem - dar-lhe novos elementos para a não cristalização e superação desses estereótipos? Por que sujeitar nossas crianças negras ao exercício tão doloroso de ler: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou na árvore que nem uma macaca de carvão”? Por que optar pela distribuição de um livro que comprovadamente é um atentado à da imagem da mulher negra: “... nem Tia Nastácia, que tem carne preta"? Por que investir na imagem destrutiva, chocante, terrorist : "… aves, desde o negro urubu fedorento até essa jóia de asas…” para depois apostar que a/o educadora/or “trabalhará” isso em sala de aula adequadamente?
Sem sombra de dúvidas, esse contexto só vem a demonstrar que as tradicionais artimanhas das tecnologias de poder, aplicadas por grupos conservadores (a tal intelligentsia “branca” brasileira) só conseguem olhar e desejar políticas para si mesmos. Desta forma, mantêm sua supremacia econômica às custas da manutenção de livros por meio de dinheiro público, veiculando assim uma ideologia racista, travestida de textos estereotipados, achincalhadores e vilipendiosos em relação à personagem negra. Ora, o que podemos claramente perceber é que os gestores, técnicos e outros responsáveis por esse programas não levam a sério a legislação brasileira e mais ainda uma educação anti-racista para todas e todos.
Cacemos sim esse racismo à brasileira e toda e qualquer obra que fere os direitos humanos e o  princípio de uma existência com dignidade. Questionemos os gestores públicos que brincam com a educação brasileira e não implementam uma educação anti-racista, anti-sexista e anti-homofóbica em seus programas. Cacemos sim a supremacia branca, disseminada em posições de poder nas instâncias do governo, que desvia o foco das discussões sobre desigualdades e direitos das/os negras/os. Transformemos essa política econômica de faz de conta, mas que não faz de conta quando o assunto é PODER, ELABORAÇÃO, AVALIAÇÃO e DISTRIBUIÇÃO DE LIVROS.
O MEC  e os sistemas de ensino devem  rever a política de avaliação e seleção dos programas de livros, objetivando a participação de pesquisadores que trabalhem com as populações vítimas da discriminação e estereótipos nos materiais pedagógicos, determinando a participação de pesquisadores que trabalhem com as populações vítimas da discriminação e estereótipos nos materiais pedagógicos durante todo o processo. Caso contrário, não conseguiremos viver em uma sociedade democrática em que os excluídos possam ler livros com histórias complexas, belas, valorativas, diversificadas, oníricas e dignas sobre si próprios. Lobato não deixou que a branca de neve, a cinderela, o Tio Patinhas fossem os únicos ícones para o imaginário infanto-juvenil de nossas crianças, jovens e adultos. Contudo, é certo que em 1930 não fazia parte de sua perspectiva a valorização da criança negra, tampouco o fortalecimento de sua auto-estima. Assim, resta-nos a crítica, a observação, a nota explicativa à obra de Lobato ou então teremos que abandonar o discurso de valorização da diversidade e de promção da igualdade no campo da educação.
Temos direito a uma literatura infanto-juvenil que coloque a personagem negra no mesmo patamar inventivo, imaginativo, onírico, inteligente, diversificado e rico  que só tem favorecido historicamente a imagem de personagens brancos. Queremos que os livros enviados para as escolas públicas propiciem uma relação estética, ética e lúdica de uma auto-imagem e auto-estima positiva  para as crianças e jovens negras assim como para as crianças e jovens brancos. Queremos narrativas infanto-juvenis que realmente se configurem como narrativas que enriqueçam positivamente o imaginário da/o leitora/or . Queremos narrativas, ilustrações, riquezas de tessituras que sejam lidas apropriadamente e nos deixem encantados com os mistérios e segredos, que nos preparem para lidar com os desafios da vida. Almejamos textos que propiciem honradas formas de interação e saudáveis relacionamentos para estabelecermos convivências múltiplas  com os seres vivos e não vivos que fazem parte do mundo que partilhamos.
Reivindicamos que Vossa Ex., o senhor Presidente Luis Inácio Lula da Silva, o senhor Ministro Fernando Haddad, a senhora Secretária da Educação Básica Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva corrijam esse erro e se comprometam com a urgente necessidade de reconhecer a existência do racismo presente em livros e materiais didáticos e combatê-los ativamente, em consonância com nossa carta magna. Outrossim, reivindicamos que vossas senhorias assumam posturas proativas, encaminhando todos os procedimentos que se façam necessários, junto ao mercado editorial, às comissões avaliadoras, aos cursos de formação de professores, entre outros.
É fato que a primeira mulher eleita presidenta da República Brasileira, senhora Dilma Roussef, sabe do impacto, dos traumas e estigmas que a volência e a tortura ditatorial brasileira imprimiu e imprime em sua vida. Há 60 anos atrás, três mulheres foram mortas violentamente durante a ditadura de Trujillo na República Dominicana. Neste dia, não queremos que nossas meninas negras candaces sejam desmoralizadas e marcadas violentamente nas salas de aulas deste país como “... uma macaca de carvão” e por outros termos racistas que já deveriam ter sido abolidos. Queremos sim que as narrativas de nossas Candaces estejam nos livros infanto-juvenis deste país.
Neste Dia internacional de enfrentamento à violência contra as Mulheres protestemos contra “As caçadas de Pedrinho”, não permitamos que uma narrativa que apela para o uso de estereótipos abomináveis, além de textos e ilustrações discriminatórias contra a imagem da personagem feminina negra marque esse dia de luta. Assine o abaixo-assinado a favor do Parecer CNE/CEB Nº: 15/2010: http://www.euconcordo.com/com-o-parecer-152010
 


[*] Especialista em Literatura Infanto-Juvenil. Co-autora do livro De Olho na Cultura: Pontos de Vista Afro-Brasileiros ( Prêmio do Concurso Nacional de Livro didático sobre Cultura Afro-Brasileira, Fundação Cultural Palmares e CEAO, 2005 ). Doutoranda em Educação na Universidade do Texas/Austin/USA. Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da USP – FEUSP.  Graduada em Língua e Literatura Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica – PUC/SP. Pertence ao grupo de pesquisa: Rede Cooperativa de Pesquisa e Intervenção em (In)Formação, Currículo e Trabalho da Universidade Federal da Bahia – UFBA .  Integra a Associação Brasileira dos Pesquisadores Negros (APN) e coordena a área de relações internacionais desta Associação. Integra a Associação Norte Americana de Pesquisa Educacional (AERA). souzaliz@yahoo.com.br
[**] Termo que quer dizer rainha-mãe e tem sido utilizado para designar o poder político- econômico, religioso, cultural, educacional e militar de rainhas africanas do reino de Meroe, bem  antes da era cristã, no Egito antigo , onde hoje se localiza a Etiópia, o Sudão e o próprio Egito.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Começa amanhã I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades - BA

Educadores e representantes de entidades do Brasil, Estados Unidos e Nigéria estarão reunidos de amanhã (25) até sábado (27), no Hotel Pestana, em Salvador, para discutir diversidade, identidades, gênero e raça, no maior evento sobre o tema já realizado na capital baiana.
O I FÓRUM INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E IDENTIDADES nos países da diáspora africana depois de Durban faz parte da programação para as comemorações do mês da Consciência Negra.
O objetivo do evento é favorecer, fortalecer, estimular o intercâmbio de experiências educacionais voltadas para a superação do racismo, sexismo, homofobia e outras formas de discriminação, tendo em vista influenciar a criação de políticas voltadas para a garantia da igualdade racial e de gênero.
O Fiedi tem apoio da Secretaria Municipal de Educação, através do Fiema e  da Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (Cenap, da Editora IMEPH  e foi idealizado e coordenado pela Tsedakah – Tecnologia e Humanidade.
Acompanhe cobertura direta através do twitter @fiedi2010
Jornalistas Responsáveis:
Angélica Parras e Neire Matos
Contatos: 9165-6772  e 8867-4258

Divulgada a pesquisa "Políticas Públicas para a População LGBT no Brasil: um mapeamento crítico preliminar"

Está no ar o sítio de divulgação da pesquisa "Políticas Públicas para a População LGBT no Brasil: um mapeamento crítico preliminar", coordenada pelo professor Luiz Mello e realizada pelo Ser-Tão - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade, vinculado à Faculdade de Ciências Sociais (FCS), da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Para além dos textos que compõem o relatório, o sítio reúne um extenso banco de dados e de documentos que podem ser de utilidade para todas/os que pesquisam nessa área.

O endereço da pesquisa é:
http://www.sertao.ufg.br/politicaslgbt/

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Aberta até 25.11 seleção de empresa ou instituição para pesquisa sobre trabalho doméstico

Levantamento tem o objetivo de caracterizar o universo das trabalhadoras domésticas, direitos e relação trabalhista

O UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher - parte da ONU Mulheres), por meio do Programa Regional Gênero, Raça, Etnia e Pobreza, seleciona até 25 de novembro empresa de pesquisa ou instituição da sociedade civil para realizar pesquisa qualitativa sobre o trabalho doméstico no Brasil.

O levantamento tem o objetivo de caracterizar o universo das trabalhadoras domésticas, considerando o acesso a direitos, a relação trabalhista e também as dimensões das discriminações vivenciadas no cotidiano, com especial atenção às questões relacionadas a gênero, raça e etnia. Será dada preferência a projetos a serem desenvolvidos nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

As empresas ou instituições interessadas devem atender as condições estabelecidas no Termo de Referência. O período de contratação terá duração máxima de 10 meses. As propostas devem ser enviadas no Formulário de Propostas e Projetos, por correio eletrônico, para o email danielle.valverde@unifem.org com o assunto “PESQUISA TRABALHO DOMÉSTICO” no assunto da mensagem.
 
 
UNIFEM Brasil e Cone Sul (parte da ONU Mulheres)
unifemconesul@unifem.org
www.unifem.org.br
http://twitter.com/unifemconesul

domingo, 21 de novembro de 2010

Encontro Baiano Mulheres e Mídias - BA

Evento reunirá representantes da poder público estadual, dos veículos privados de comunicação e da sociedade civil para aprofundar o debate de idéias e reforçar as demandas das mulheres por políticas públicas.
 
Pela primeira vez, a cidade de Salvador é sede de um encontro que discutirá a inserção da mulher na mídia baiana e as políticas públicas voltadas para esse segmento na comunicação, trata-se do “Encontro Baiano Mulheres e Mídias”. O evento acontecerá no dia 30 de novembro (terça-feira), às 9h, no Cine XIV (Pelourinho – espaço a confirmar) e reunirá diversas representantes dos setores público e privado e da sociedade civil, como a secretária de Promoção da Igualdade (SEPROMI), Luiza Bairros, a apresentadora do programa Boa Tarde Bahia, da TV Bandeirantes, Rita Batista e Rachel Moreno da Articulação Nacional Mulher e Mídia. As inscrições são gratuitas e estão disponíveis no www.mulheremidiabahia.blogspot.com.

Segundo um estudo, realizado pela WACC (World Association for Christian Communication, em português Associação Mundial de Comunicação Cristã), de 2006, mostrou que, mesmo constituindo 52% da população mundial, as mulheres aparecem em apenas 21% das notícias. Ou seja, para cada mulher que aparece no noticiário, quatro homens são retratados. No rádio, este percentual é ainda menor: 17%. O que mostra que esse não é um problema só do Brasil. Tendo em vista que o principal problema quando se fala das mulheres nos meios de comunicação, é a invisibilidade, o principal objetivo do encontro é estabelecer metas e propostas para a inserção dessas mulheres nos diversos âmbitos da comunicação.
A invisibilidade e a escassa participação das mulheres na produção de conteúdo dos veículos de comunicação são os temas que têm sido discutidos nacionalmente, e estiveram presentes na Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2009, no Distrito Federal, através da Articulação Nacional Mulher e Mídia. Com o intuito de reforçar as demandas das mulheres por políticas públicas na comunicação, durante o encontro baiano será apresentada “A Carta da Articulação Baiana Mulher e Mídia ao Poder Público Estadual”, com diversas reivindicações do movimento social, para o desenvolvimento de políticas públicas de inserção e valorização da mulher na mídia baiana. Entre as reivindicações aos órgãos públicos está o fomento e financiamento a criação de campanhas de comunicação que combatam a discriminação das mulheres no mercado de trabalho e abertura de espaços na grade da TV e rádio pública para veiculação de programas, campanhas, VT e Spots de divulgação de eventos propostos por instituições de mulheres.
A programação do encontro será dividida em duas sessões, na primeira serão discutidas políticas públicas para mulheres na mídia, com representantes do poder público: Luiza Bairros (SEPROMI), Sahada Josefina (IRDEB), Roseli Arantes (AGECOM) e Rachel Moreno (Articulação Nacional Mulher e Mídia). No segundo momento, serão discutidas as formas de produção de qualidade nas diversas mídias baianas, com: Cleidiana Ramos (A Tarde), Rita Batista (TV Band), Andréia Beatriz (SESAB e UEFS) e Ceres Santos (CEAFRO).
O Encontro Baiano Mulheres e Mídias contará com a apresentação da performance do Grupo Loucas de Pedra Lilás, de Pernambuco e da cantora Rebeca Tárike, de Salvador. No encerramento, ocorrerá o lançamento em livro e DVD, da publicação Controle Social da Imagem da Mulher na Mídia, fruto do Seminário Nacional de mesmo nome, realizado em março de 2008, em São Paulo, que reuniu cerca de 150 lideranças de organizações e movimentos de todas as regiões do Brasil, além de representantes de ministérios e órgãos do Governo.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
8h – 9h Credenciamento / Café da Manhã / Mostra Audiovisual
9h30 Talk Show “Mulher e Mídia: Alternativas para romper a barreira da invisibilidade”
- Rachel Moreno (Integrante da Articulação Nacional Mulher e Mídia)
- Sahada Mendes (IRDEB / TVE Educativa e Rádio Educadora)
- Rosely Arantes (Coordenadora de Relações Sociais AGECOM)
- Luiza Bairros (Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade)
- Debatedoras: Valéria Lima e Sueide Kintê
12h30 Performance do Grupo Loucas de Pedra Lilás (Pernambuco)
13h Almoço – Show da cantora Rebeca Tárike
14h30 Talk Show “Mídia feita por mulheres: comunicação criativa com educação e entretenimento quais são os caminhos possíveis?”
- Rita Batista (Apresentadora da TV Bandeirantes)
- Cleidiana Ramos (Jornalista/ jornal A Tarde)
- Ceres Santos (Jornalista e Diretora Executiva do Ceafro)
- Andréia Beatriz (Médica e Professora da UEFS)
18h Performance do Grupo Loucas de Pedra Lilás (Pernambuco)
18h30 Encerramento com apresentação cultural, lançamento do livro e DVD Controle Social da Imagem da Mulher na Mídia

Mais informações:
Sueide Kintê: (71) 8145-5297
Valéria Lima: (71) *******
Juliana Dias (71) 8846-3536

sábado, 20 de novembro de 2010

Liderança feminina na cultura discutida em Maputo - Angola


Com a presença de mulheres fazedoras de cultura em Moçambique e no Brasil, o evento Capulana Cultural – Experiências Femininas em Liderança Cultural acontece nos dias 02, 03 e 04 de Dezembro e conta com sessões de intercâmbio Cultural entre diversas manifestações tipicamente realizadas por mulheres (como o Tufo, Zore, Muthimba e Xingomana) juntamente com a capoeira; debates sobre o papel da mulher na cultura e no desenvolvimento; alem de oficinas acerca dos direitos  autorais e culturais.
O Evento Capulana Cultural foi idealizado com o objectivo de  promover a mulher como agente activa da cultura e do desenvolvimento, buscando considerar  as manifestações culturais como instrumentos de militância por  um mundo mais justo e igualitário.
Espera-se que participem do evento mais de 50 mulheres envolvidas em grupos culturais na província de Maputo. Nomes como Paulina Chiziane, Graça Samo e Janja Araújo (do Brasil) vão mediar debates entre as diversas participantes, na tentativa de identificar formas pelas quais as actividades culturais podem contribuir de forma mais activa para o desenvolvimento e a igualdade no país. As diversas actividades promovidas pelo evento possibilitam às participantes entrar em contacto e aprofundar seus conhecimentos sobre a importância da cultura e seus frutos.
Paralelamente à programação, haverá uma sala  de Depoimentos (privada) com câmera aberta para as participantes falarem do encontro ou de suas vidas. Alem disso, haverá uma sala onde filmes sobre a mulher em Moçambique serão exibidos.

 

PROGRAMAÇÃO


2/Dez/2010 - Quinta-Feira, no Centro Cultural Brasil-Moçambique
9-10hs: Apresentação da Associação Sócio Cultural Horizonte Azul
10-10:15hs: Apresentação do Grupo de Tufo da Mafalala
10:15--11:30hs: Mesa Redonda – Mulheres na Cultura
11:30-11:45hs: Apresentação Muthimba de Mavalane
11:45-12hs: Apresentação Xingomana Mercado do Povo
12-12:30hs: Agradecimentos e encerramento da abertura

3/Dez/2010 – Sexta-­Feira, na Casa da Cultura do Alto-­Maé
9-12hs: Oficinas Culturais – Capoeira, Zore, Tufo, Xingomana, Muthimba
12-13hs: Almoço
13-14hs: Macuas e a preparação do Corpo
14-15hs: Debate – Direitos Culturais/Direitos Autorais
15-17hs: Roda Aberta de Capoeira

4/Dez/2010 – Sexta-­Feira, na Casa da Cultura do Alto­Maé
9 -10hs: Oficinas Culturais
10 -11hs: Sessão de depoimentos
11-12hs: Debate Rede de Mulheres / Livro de depoimentos
12-13hs: Almoço e Encerramento

A ACBANTU e a Rede Kôdya manifestam seu apoio a Arany Santana e Luiza Bairros

Nos últimos dias fomos surpreendidos pelos artigos do Sr. Law Araujo, representante da CONEN, que em nome do “Movimento Negro Baiano” as descredenciou enquanto secretárias do Governo Jaques Wagner e ainda para possíveis indicações a algum dos Ministérios da Presidenta Dilma Roussef.

A Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu – ACBANTU e a Rede KÔDYA: Comunidades Organizadas da Diáspora Africana vem publicamente manifestar seu apoio a duas lideranças do Povo Negro da Bahia: Arany Santana e Luiza Bairros. Temos testemunhado o grande empenho de ambas a inaugurar um novo tempo na forma de fazer políticas públicas em nosso Estado: o tempo do diálogo com Povos de Terreiro, Povos Ciganos, Povos Indígenas, Comunidades Quilombolas, Comunidades de Fundo e Fecho de Pasto, Comunidades Extrativistas, Pescadores Artesanais e Marisqueiras e ainda, População Negra em situação de rua, População negra em assentamentos e acampamentos, entre outros.
 
Na gestão de Arany Santana na SEDES e de Luiza Bairros na SEPROMI diversas instituições representativas do movimento negro encontraram apoio para suas ações sociais. Podemos citar ainda o lançamento de editais de apoio a ações de combate ao racismo e à intolerância religiosa, afirmação étnica/cultural e promoção da igualdade de gênero.

Tem sido uma luta árdua que estas duas mulheres negras vêm realizando e para nós agora é o momento de unirmos forças para juntos ampliarmos o trabalho que as duas vêm desenvolvendo com mais recursos, estrutura, assessoria, etc.


Repudiamos ações de pessoas que tentam “falar pelo movimento negro” sem ter realizado uma discussão mínima sobre o assunto. Nós da ACBANTU não aceitamos QUE FALEM EM NOSSO NOME SEM NOSSA AUTORIZAÇÃO. Tantos espaços de discussão foram criados, tantos momentos de articulação estão sendo instalados. Não acreditamos nessa política de “fritar nomes” para possíveis indicações. Repudiamos essa política de “puxar o tapete”. Sobretudo quando se trata de negros desqualificando negros. Repudiamos o “capitão do mato” que ainda vive dentro dos diversos “movimentos negros” do nosso país. Repudiamos aqueles que fazem vigorar um antigo ensinamento dos senhores de escravos: “Quer ver um negro bem amarrado? Mande outro negro amarrar.”

Invocamos o “Zumbi dos Palmares” e as “Marias Felipas” que vivem dentro dos diversos “movimentos negros” do nosso país. Às duas mulheres negras Arany Santana e Luiza Bairros:
 
            VO NZAAMBI WUTUSAAMBULWA! QUE DEUS LHES PROTEJA!

PS. Colocamos também em nosso site. www.acbantu.org.br

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Campanha 16 dias de ativismo na UNEB pelo fim da violência contra as mulheres - BA

Abertura: 22 de novembro de 2010, às 08h30min no Ministério Público do Estado da Bahia
 Informações: www.sisb.uneb.br e www.uneb.br

Este ano, a   programação  contará com várias atividades (palestras, exibição de filmes, exposição fotográfica, mesas-redondas,
Cine debate, oficinas, minicurso, entre outras), espalhadas nos Campi da UNEB.

Sinalizar esta mensagem Lançamento dos portais de internet "Violência contra as Mulheres: Quebre o Ciclo" - SP

(Clique na imagem para amplia-la)

ABAM comemora Dia da Consciência Negra e Dia Nacional das Baians de Acarajé - BA

(Clique na imagem para amplia-la)

Sobre as indicações de Arany Santana e Luiza Bairros

MEXER EM COLMEIA COM VARA CURTA...

Tenho um amigo cuja amizade foi construída com carinhosas doses de respeito mútuo, misturada com sonhos, desejos e solidariedade de que no Brasil seja possível viver sem racismo. Para isso, ainda precisamos de muito trabalho, seja nos movimentos sociais, em especial o negro e de mulheres, seja nas instâncias de poder, na implementação de políticas públicas, muitas recentemente abortadas pelos racistas de plantão, com a conivência de negociadores no Congresso Nacional. Nesse caso, me refiro à aprovação (?) do Estatuto da Igualdade. Mas o que eu quero dizer agora trata-se de uma amizade entre pessoas que não querem pouca coisa, nem se contentam com pouco.

Outra marca de nossa amizade ele demonstra quando adoeço. Ah! Nesses casos, ele costuma dizer “se cuide, você não imagina quantos anos serão necessários para surgir uma outra pessoa, com o seu perfil”. Ouvir isso de um dos criadores do Instituto Cultural Steve Biko - o primeiro curso de pré-vestibular para negros no Brasil, há mais de 18 anos - é tão gostoso, é tão agradável, que mexe com a minha autoestima tão achincalhada por práticas diárias de violência racial e sexual que até assusta e enfraquece uma virose. Não é exagero não!!!

E é disso que quero falar um pouco, já que foi uma mistura de falta de respeito e de reconhecimento do papel histórico de nossas lideranças negras que me motivou responder as mal escritas notas e texto do Sr. Law Araújo, uma tentativa infantil, imatura, inconsequente de atacar, pessoas que ele, no afã oportunista de assegurar uma cadeira na dança dos/as ministeriáveis, esqueceu que as nossas diferenças não devem alcançar os pilares básicos da luta negra como a resistência histórica dos povos negros escravizados no Brasil e respeito à ancestralidade.

Falo isso porque aprendi a respeitar mulheres guerreiras, nobres como Arany Santana e Luiza Bairros. O Sr.Law não deve saber nem consegue imaginar o que é fazer parte de um grupo que criou o primeiro bloco afro baiano, o Ilê Aiyê e ler no Jornal A Tarde, após o primeiro desfile público da entidade algo como: “tom destoante no Carnaval de Salvador?” Será que ele já parou para refletir o significado de se levar para o Carnaval uma dança negra, até então guetizada pelo racismo baiano cujos passos básicos nos embalam hoje nas noites de festa negra? Ou de falar em história da África em sala de aula muitos anos antes da criação da Lei 10.639, como fez Arany Santana.

Será que o senhor. consegue imaginar o que é apresentar à sociedade brasileira uma proposta de beleza negra, hoje literalmente replicada em vários estados brasileiros e, com isso, levantar a autoestima das mulheres negras que passaram a esticar o pescoço (e não os cabelos) e a olhar os racistas, como diz Vilma Reis, uma grande liderança negra, com o bico na diagonal? Esse exemplo não é pouca coisa não Sr. Law Araújo. É mudança. É resistência. É identidade negra. É enfrentamento ao racismo do nosso jeito. Tudo isso, com a participação de Arany Santana. É mole?

Agora vamos combinar: é preciso ser muito ‘banda voou” (ainda se fala essa expressão? Sou tão dinossaura...) para pensar que, usando as novas tecnologias, as novas redes sociais, alguém pode desqualificar uma mulher negra com as trajetórias de militâncias social e acadêmica de uma Luiza Bairros. Não consegue não. Pelo contrário. Acredito que a intenção foi tão infeliz que os resultados já estão na mesa. Não consegue não. Pelo contrário. Acredito que a intenção foi tão infeliz, que os resultados já estão na mesa.

Quem chegou ao doutorado e trabalha com questões de gênero e raça sabe que dois textos de Luiza, escritos na década de 90 quebraram as barreiras acadêmicas e são referências ainda hoje, 2010, “Nossos feminismos revisitados” e “Lembrando Lélia González” porque foram produzidos de um lugar bem ausente e alvo de caras feias e de narizes torcidos no Ensino Superior: o lugar da militância, de quem pensa, projeta para o futuro o que se constrói no hoje: a possibilidade de construirmos um feminismo negro, que reconheça as diferenças e as particularidades do que é ser mulher negra no Brasil, na diáspora, É pouco? Luiza Bairros, brilhantemente investiu na inauguração de uma outra epistemologia, originária da produção de mulheres negras. Quer mais? Vamos lá, então, sem recorrer ao Currícul o Lattes.

Luiza Bairros foi militante do Movimento Negro Unificado (MNU/1978), uma das primeiras entidades negras com caráter nacional do Brasil, com ramificações em vários estados nacionais, com um pequeno detalhe: o MNU foi criado em plena Ditadura Militar. Eu tenho orgulho de pertencer a esse grupo e se precisar, algum dia posso lhe traduzir o que significou a criação de uma entidade negra e nacional, repito, em plena Ditadura Militar. Afora isso e, até dando um salto gigantesco no tempo, vamos pensar rápido: Luiza Bairros seria indicada para atuar no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD/ONU se não tivesse ‘bala na agulha?’ Teria assumido uma Secretaria de Estado sem o apoio das feministas negras e brancas baianas e de vários segmentos do Movimento Negro baiano e nacional? E mais: ao final de sua gestão, marcada por problemas, dificuldades e conquistas ser considerada uma das melhores secretarias petistas no enfrentamento do racismo e sexismo? Gente vamos respeitar né?

Só mais uma coisinha: dessa sua intempestiva, inconsequente e imatura atitude, com o apoio da Conen (é mesmo?) ficou uma lição: mexer com vara curta em colmeia cheia de abelhas rainhas dá problema. E a depender da espécie dessas abelhas, o saldo pode ser fatal viu? Hum... ferrão de abelha rainha, quem agüenta? Suas notas e texto evidenciaram sua total irresponsabilidade com nossas lideranças que assumiram cargos públicos levando uma proposta de governo que contemplasse a população negra e que ainda hoje enfrenta resistência dentro dos governos petistas. Por favor, me aponte quantos outros secretários e ministros petistas querem saber dessa conversa?

Seus escritos mostram contradições elementares entre o que está no seu twitter e na abertura de um desses folhetins e que pisoteiam a idéia de credibilidade. Mesmo assim não deu prá segurar. Afinal, mexer em colméia de abelha com vara curta... Lamento que sua opção seja por um caminho suicida. Mas aproveite e reúna outros amadores incompetentes, pois esse tipo de política é descartável. Respeito é bom e está presente nas culturas de matrizes africanas. Divergência política é outra coisa, mas pode se dar, também no campo do respeito.

Agora vamos combinar outra coisa o Senhor. se alvoroça em afirmar várias vezes em um mesmo texto, com as mesmas palavras “minhas abordagens políticas”. Menossssss! O que ficou evidente nas suas mal redigidas notas e texto é sua ‘guerra aberta’ com a  Língua Portuguesa. Quer um exemplo? Em um trecho o Senhor diz:” minha construção política, tanto para o enfrentamento da diversidade no debate político institucional interno, como também na sociedade”. Reveja: o melhor não seria, em vez de enfrentar a diversidade, defendê-la, como um caminho possível do conhecimento e respeito de outras culturas e posturas?

Também vejo em seus textos uma intenção desrespeitosa com duas mulheres negras e... principalmente, o seu medo e já desespero, causados apenas por “fofocas” sobre  possíveis indicações de mulheres negras vitaminadas como Arany Santana e Luiza Bairros para compor os governos petistas. Por último um pedido, motivado pelo Sr.: não me deixem de fora das articulações em defesa dos nomes de Arany Santana e Luiza Bairros para os governos Dilma e Jaques Wagner. Afinal... terei o maior prazer em assinar embaixo dessas sugestões e me aliar a essas duas abelhas rainhas.

Ceres Santos

Jornalista (DRT 6156)
Mestra em Educação
Coordenadora Executiva do Ceafro
Uma das primeiras afiliadas ao PT/RS no ano do seu surgimento