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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Curso de Edição de Vídeo para jovens negros/as - BA


domingo, 12 de novembro de 2017

Slides aula inaugural do minicurso "Gênero, raça e tecnologias digitais"



Slides Aula inaugural do minicurso "Gênero, raça e tecnologias digitais", Cachoeira/BA, 10 e 11.11.2017

Estudos Feministas sobre Gênero, Raça e Tecnologias


Palestrante: Profª Drª Zelinda Barros (antropóloga feminista negra e ativista digital)
Debatedora: Profª Ms. Thiane Neves (comunicóloga feminista negra e ativista digital)

Promoção: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

terça-feira, 29 de agosto de 2017

(Não) Estamos sozinhas/os. Ainda bem! (Zelinda Barros)

Estive num evento recentemente e, enquanto aguardávamos o início da cerimônia, comecei a conversar sobre amenidades com uma pessoa conhecida. Num dado momento, ela comentou sobre o episódio em que um homem negro, numa festa black, chegou acompanhado por uma mulher branca, com quem dançou animadamente, sem se preocupar com os olhares de reprovação. Essa mesma conhecida também comentou, indignada, sobre as mulheres negras que estavam com homens brancos na festa e chamou a ambos, negros e negras acompanhadas por brancas/os, de “palmiteiros”[1]. Não sei se ela não lembrava do fato ou queria apenas me provocar para que emitisse opinião, mas argumentei que eu mesma sou casada com um homem branco e que muitas mulheres negras não se relacionam com homens negros por falta de oportunidade, não por rejeição a esse tipo de relacionamento. E com a expressão “falta de oportunidade” não quero simplesmente afirmar que os homens negros rejeitam mulheres negras e preferem as brancas, como é comumente afirmado, como também apontar para a incompatibilidade de interesses, projetos, etc.

As narrativas sobre esses relacionamentos inter-raciais costumam ser, em grande parte, contaminadas pelos conceitos prévios de quem observa e se mostra pouquíssimo preocupado/a em saber como as pessoas envolvidas efetivamente pensam e vivem esses relacionamentos. Reconheço que o racismo faz com que muitas/os mulheres e homens negros deixem de ver a seu/sua “igual” como um par afetivo-sexual possível, mas há outros aspectos que precisam ser destacados, pois muitas opiniões a respeito, que faziam sentido em períodos anteriores, atualmente são insuficientes para dar conta de uma realidade que sofreu transformações ao longo das últimas décadas. Diante da importância deste assunto, não somente para as pessoas envolvidas num relacionamento deste tipo, mas para a sociedade como um todo, volto a propor uma reflexão sobre o tema, abordado na dissertação de Mestrado defendida por mim em 2003.

Ainda hoje há relacionamentos em que as pessoas têm seus papéis rigidamente definidos segundo o gênero, mas é necessário atentarmos para as transformações pelas quais passaram o casamento e os relacionamentos afetivo-sexuais nas últimas décadas, pois essas mudanças contribuíram sensivelmente para o modo como muitos relacionamentos, inclusive os inter-raciais, atualmente se estruturam.

Apesar do racismo e do patriarcado continuarem operantes, há casais que conseguem estabelecer uma relação em que a busca por igualdade é a tônica. A representação social de uma pessoa negra como um par indesejado, seja homem ou mulher cis ou trans, não está presente no relacionamento inter-racial assumido publicamente, o que faz com que esse tipo de união desafie o racismo, em vez de reiterá-lo. Uniões inter-raciais homoafetivas - ainda que muitas continuem reproduzindo o padrão heteronormativo, também desafiam os padrões de gênero e raciais socialmente impostos.

Não podemos desprezar a importância dos movimentos feministas (em suas mais diferentes expressões) na indução dessas mudanças. A defesa do direito ao livre exercício da sexualidade, da união por afinidade e do prazer sexual recíproco são elementos-chave em boa parte dos relacionamentos ocorridos na atualidade. A negociação entre os/as parceiros/as pode, inclusive, garantir a exigência ou não de fidelidade, que passou a valer para ambos, não somente para as mulheres. As escolhas afetivas deixaram de ser determinadas exclusivamente por imposições familiares e o constrangimento dessas escolhas pela raça é menor ou inexiste em alguns contextos, ainda que o racismo continue operando em nossa sociedade. A opção por permanecer sozinha/o, ou eventualmente acompanhada/o, também é algo bastante comum e valorizado contemporaneamente, e isso não necessariamente significa que a pessoa assim se comporta por ter sido desprezada como par. Para essas pessoas, vale o ditado: “Antes só do que mal acompanhada/o!”.

Enquanto o entendimento sobre as relações inter-raciais estiver marcado por uma perspectiva dicotômica, muito pouco contribuiremos para a luta antirracista. É reducionista a explicação dos relacionamentos inter-raciais como sendo motivada apenas por uma insatisfação do/a parceiro/a negro/a consigo próprio/a. Há negros e negras muito bem resolvidos em relação à sua negritude e que convivem com pessoas não-negras.

Desejar que as pessoas negras se reencontrem afetivamente e rompam com os grilhões impostos pelo racismo não requer uma abordagem monolítica e prescritiva, forma de considerar os relacionamentos que aprisiona os sujeitos e suas possibilidades de ação em esquemas previamente determinados. Além de autoritário, esse modo de enxergar a realidade limita as possibilidades de existência do ser humano negro, que já é tão afetada pelo racismo. Por outro lado, não podemos perder de vista que a união entre pessoas negras que se amam e se respeitam assume um caráter político importante na luta contra o racismo antinegro, pois reafirma a nossa capacidade de amar uns/umas aos/às outros/as e possibilita a construção de relações em que a empatia do par branco em relação ao racismo sofrido pelo par negro dá lugar ao compartilhamento da experiência vivida entre negros/as, que é um elemento poderoso na construção desse tipo de parceria.


[1] Termo pejorativo para usado por alguns/mas ativistas para denominar homens e mulheres negras que escolhem brancas/os como pares afetivo-sexuais

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Roda de conversa com juventude comemora 30 anos do CDCN - BA

O Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN) realiza na próxima segunda-feira (21), a partir das 14 horas, em Salvador, a roda de conversa “Diálogos com a juventude”, integrando a programação dos 30 anos do colegiado. O evento acontece no Centro Cultural Plataforma, reunindo conselheiros, militantes do movimento negro, jovens da região, além de representações governamentais. 

De maneira dinâmica e participativa, serão discutidos temas relacionados aos aspectos da cultura, educação, juventude, mulher negra, além da relação entre racismo e direito. Os debates serão intercalados com intervenções culturais das comunidades do entorno, além de apresentações de hip hop com o grupo Família Tríplice e MC Xarope. O evento conta com apoio das secretarias estaduais da Educação (SEC) e de Cultura (Secult), através do Centro Cultural Plataforma. 

Sobre o CDCN - Vinculado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), o conselho tem caráter consultivo, formado por representantes do poder público e da sociedade civil. Tem por finalidade a formulação, proposição, controle social e acompanhamento de programas e políticas públicas de enfrentamento às desigualdades étnico-raciais no estado da Bahia.

Serviço:
O quê:  Roda de conversa “Diálogos com a juventude” – CDCN: 30 anos promovendo a igualdade. 
Quando: Segunda-feira, 21 de agosto de 2017, a partir das 14h.  
Onde: Centro Cultural Plataforma (Praça São Braz, s/nº, Plataforma – Salvador/BA).

Mais informações:
Assessoria de Comunicação - ASCOM
Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi)
Governo do Estado da Bahia
71 3103-1410 / 9 9983-9721

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Mulheres negras serão homenageadas por Bira Corôa e Benedita da Silva na Assembleia Legistativa - BA


O deputado estadual Bira Corôa (PT), presidente da Comissão Especial de Promoção da Igualdade, receberá pela quarta vez a deputada federal Benedita da Silva (PT) para mais uma sessão de homenagens à mulheres negras por meio do Troféu Pérolas Negras. A honraria será entregue no próximo dia 11 de agosto, a partir das 9h, durante sessão especial, realizada na Assembleia Legislativa da Bahia. Em alusão ao 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra na América Latina e no Caribe e Dia Nacional de Tereza Benguela e da Mulher Negra, a quarta edição do Pérolas Negras, terá como tema central Os Desafios de Ser Mulher Negra na Década Internacional Afrodescendente. 

Nesta edição, as homenagens se estenderão a grupos, coletivos e instituições que dedicam suas atividades ao empoderamento de mulheres negras, tendo por base a qualidade de vida e a construção do bem viver dessas mulheres. A lista inclui, por exemplo, o Coletivo Angela Davis, o grupo Maria Felipa da PM-BA, Instituto Odara, Rede de Mulheres Negras da Bahia, entre outros.  

Criado em 2011, o Troféu Benedita da Silva – Pérolas Negras foi pensado enquanto referência ao Dia de 25 de julho, com o intuito de homenagear mulheres negras cujas histórias de vida se destacam no processo de transformação de suas próprias vidas, da vida de outras mulheres e de seu próprio tempo. Desde então, tornou-se símbolo de (re) conhecimento estadual dessas mulheres, imprescindíveis à construção de um mundo solidário, multiétnico e pluricultural. 

A criação do troféu é uma consequência positiva do trabalho iniciado em 2007 pelo deputado Bira Corôa, que, ao assumir os trabalhos da Comissão de Promoção da Igualdade, ampliou e fortaleceu, na Casa Legislativa, o diálogo e o debate sobre questões relacionadas às mulheres negras, suas subjetividades e modos de vida.  

Serviço:
O que: Sessão Especial com entrega do troféu Benedita da Silva - Pérolas Negras
Quando: 11 de agosto, sexta-feira, a partir das 9h
Onde: Plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, CAB - Salvador

Aprendendo com as nossas mais velhas: Lélia Gonzalez


Aprendendo com as nossas mais velhas: Lélia Gonzalez


sábado, 29 de julho de 2017

Eu marcho, tu marchas, elas marcham. Por que marchamos? (Zelinda Barros)


Nós, mulheres negras, historicamente familiarizadas à rua como um espaço de trabalho e luta pela sobrevivência, no contexto contemporâneo de luta pela afirmação de direitos, temos ocupado esse espaço como forma de denunciar violações e afirmar nossa humanidade. As marchas são estratégias de ocupação coletiva da rua com intenções expressamente políticas. São momentos de luta pelo reconhecimento da dignidade de mulheres e homens negros, sejam elas/es conscientes ou ignorantes quanto à importância da organização coletiva para o enfrentamento do racismo, do sexismo, da homofobia e de tudo o que nos oprime. Além do enfrentamento à violência, que incide sobre nós e os nossos das mais variadas formas, o empoderamento por meio da estética tem sido uma das pautas que contribuem para pavimentação desse caminho político traçado há séculos.

Os passos daquelas e daqueles que nos antecederam fortalecem a nossa caminhada, nos fornecem pistas dos caminhos que devemos trilhar. Esses passos reverberam o passo calmo das nossas avós, o passo ligeiro dos quilombolas em fuga e o passo altivo das/os nossas/os lideranças, mas, sobretudo, traduzem luta, inventividade e resistência. Nesse sentido, quem marcha nunca marcha sozinha/o, leva consigo o bastão forjado nas lutas passadas, que revigora e renova os horizontes que seguirão orientando a nossa caminhada em busca de paz para existirmos.

Nas narrativas sobre nós, negras/os, é muito comum a ênfase ao que o racismo destruiu e destrói - o que é compreensível, dado o seu potencial devastador. No entanto, é preciso que, sem ingenuamente pensarmos que não falarmos sobre ele dará conta do problema, marchemos também para celebrar o que construímos coletivamente, apesar do racismo. Como negras/os, não podemos nos dar ao luxo de pensar, seguindo o teorema de William Thomas (teórico interacionista simbólico), que apenas por definirmos uma situação como real, ela será real em suas consequências, pois pesa sobre nós o fardo do racismo, que nos atinge sem que com ele tenhamos qualquer sintonia ou intenção vivificadora.

É preciso seguir e nos mantermos de pé, revelando e renovando os conhecimentos produzidos por nossos antepassados e, principalmente, buscando facilitar a criação de possibilidades para que os/as nossos/as jovens desenvolvam suas potencialidades e consigam driblar a morte planejada no conforto dos lares abastados e nos bastidores institucionais.

Devemos nos lembrar dos exemplos de luta, recuperar estratégias coletivas de resistência que possam nos manter firmes e não nos fazerem sucumbir. Para isso, precisamos manter nosso amor próprio, cuja permanência requer o amor pela outra pessoa negra também destituída de amor. Com isso, debelaremos uma estratégia de dominação típica de contextos como o Brasil, onde a dominação colonial se perpetua na colonialidade do poder, que controla e inibe os vínculos e os afetos que fazem nascer o sentimento de pertencimento.

Marchamos porque resistimos!
Marchamos porque existimos!

Texto originalmente publicado nos Cadernos Sisterhood, v. 2, n. 1, maio 2017, p. 23-24. 

domingo, 23 de julho de 2017

PPGCS/UFRB abre inscrições para Aluna/o Especial de Estudos Interdisciplinares de Gênero - BA

ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DE GÊNERO - CAH 528
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA ALUNAS/OS ESPECIAIS
PERÍODO DAS INSCRIÇÕES: 20 a 31/07/2017
LOCAL: prédio do Hansen Bahia, sito à Rua 13 de Maio, 13, Centro, fundo da Igreja Matriz de Cachoeira-BA, Cep: 44.300-000. A inscrição também pode ser feita via Correios, por SEDEX, para este endereço
NÚMERO DE VAGAS: 15 (quinze)
EDITAL COMPLETO PARA MAIS INFORMAÇÕES: https://www.ufrb.edu.br/pgcienciassociais/images/EDITAL_DE_SELE%C3%87%C3%83O/EDITAL_ISOLADAS_PPGCS_-_2017.2_vers%C3%A3o_final_1.pdf


quinta-feira, 13 de julho de 2017

Nós, mulheres negras, marchamos!


Nova edição dos Cadernos Sisterhood!


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Estudos pioneiros sobre Feminismo Negro no Brasil


LEMOS, Rosália de Oliveira. Feminismo Negro em construção: a organização do movimento de mulheres do Rio de Janeiro. 1997. Dissertação (Mestrado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social) – Instituto de Psicologia da UFRJ, Rio de Janeiro,1997.

É o primeiro estudo acadêmico sobre Feminismo Negro no Brasil

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MOREIRA, Núbia Regina. O feminismo negro brasileiro: um estudo do movimento de mulheres negras no Rio de Janeiro e São Paulo. 2007.   120 p. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP, Campinas/SP, 2007.

A dissertação foi publicada em 2011, com o título A organização das feministas negras no Brasil (Edições UESB).

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BISPO, Silvana Santos. Feminismos em debate: reflexões sobre a organização do movimento de mulheres negras em Salvador (1978-1997). Dissertação (Mestrado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo). Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, Salvador, 2011.


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CARDOSO, Cláudia Pons. Outras falas: feminismos na perspectiva de mulheres negras brasileiras. 383 p. Tese (Doutorado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo). Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, Salvador, 2012.

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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Lélia Gonzalez: o feminino negro no palco da história


No ano em que se inaugura a Década Internacional dos Afrodecendentes (2015) e no mês em que Lélia Gonzalez completaria 80 anos de idade, a Fundação Banco do Brasil, em parceria com a Rede de Desenvolvimento Humano - Redeh e a Brasilcap, lança a nova edição do Projeto Memória - “Lélia Gonzalez: o feminismo negro no palco da história”. Uma das precursoras do feminismo negro no Brasil, Lélia Gonzalez é a homenageada, com exposições itinerantes, livro fotobiográfico, almanaque, documentário em DVD e website. Saiba mais em http://www.fbb.org.br

terça-feira, 11 de julho de 2017

Câmara Municipal de Salvador homenageia Luiza Bairros - BA



Luiza Bairros Vive!

Dia 12 de julho, completa 1 ano que Luiza Bairros  tornou-se uma ancestral. Estamos sem sua presença física, mas sob a poderosa influência do seu legado. Por este motivo, nesta quinta-feira 13, às 18 horas, a Câmara Municipal de Salvador por meio do mandato do vereador Silvio Humberto, realizará uma sessão de homenagem intitulada Negras Mulheres, Femininos Poderes – Luiza Bairros, um Poder que Nos Move.

Por articulação das mulheres negras de Salvador e a convite do mandato do vereador Silvio Humberto, algumas mulheres foram convidadas para falarem sobre o convívio com Luiza Bairros e sobre a inspiração que sua trajetória legou, aonde o grande ponto de convergência e o tom da solenidade será o da continuidade. De como de seus lugares de fala e de construção, mulheres fazem luta contra o machismo, a misoginia, contra o racismo e constroem redes de apoio e de empoderamento.

A solenidade acontecerá em julho, um mês emblemático e estratégico para as mulheres negras. Um momento para refletir sobre o que já foi feito, sobre a penetração alcançada e afiar estratégias de enfrentamento. O Plenário Cosme de Farias da Câmara Municipal de Salvador, nesta noite, se transformará no lugar de corpos negros, de cabelos altos, assim como de ideias altas e prontas para urdir teias, tramas, conspirações e lutas por dignidade, por direitos e por liberdade, para nosso povo, pela honra dos que nos antecederam e pela garantia da vida dos que ainda estão por vir.

Vem de nós a força do nascer, do mover e do revolucionar. Luíza Helena Bairros moveu a roda da história, nos alimentou e nos alimentará para sempre. Agradecemos o mais digno exemplo que foi sua trajetória e o mais encorajador desafio de sermos cada dia mais MULHERES NEGRAS. Aceitamos o desafio de ser o poder de comunicar, de religar, de descontruir, de construir, de liderar, de juntar e de desobedecer. Somos parte engajamento, parte beleza e luta, Somos! Somos Negras Mulheres, temos Femininos Poderes e Luiza Bairros é um Poder que Nos Move.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Módulo Formativo do Vamos Opará Saberes? para download


A pós colonialidade trouxe consigo profundas opressões de gênero por critério racial. A violência letal contra a juventude negra, o sistema penal genocida, o racismo institucional, a prisionização e os feminicídios - mecanismos centrais de controle biopolítico. Com efeito, para o enfrentamento de tais opressões, é interessante a instrumentalização intelectual, uma vez que o nosso ingresso no mestrado e doutorado pode favorecer saberes políticos em defesa do Estado Democrático de Direito. Diferente disto, não estamos tendo êxito no pleito à pós graduação. Há escassez de material bibliográfico, inabilidade com as epistemologias feministas e com aportes metodológicos, empecilhos para a produção intelectual engajada, bem como à aprovação nas seleções de mestrado e doutorado.
Para quem discute racismo institucional, prisão, saúde da mulher e violências de gênero, queremos dar uma mãozinha!



CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O MÓDULO I 

domingo, 9 de julho de 2017

Que foi Harriet Tubman?

Mulher Negra Todo Dia: Trabalhadoras Domésticas


25 de Julho: Marcha pela Vida das Mulheres Negras em Salvador - BA



Chegamos ao “Julho das Pretas”! Continuamos firmes em nosso propósito de nos fortalecermos cada vez mais para lutarmos contra o racismo, o machismo e a misoginia. 

Reverenciando o 25 de Julho - Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha, a Marcha das Mulheres Negras 2017 traz como tema “Pela Vida das Mulheres Negras”, destacando a necessidade de mais ações coletivas e políticas públicas que visem ao enfrentamento da violência recorrente e sistemática contra mulheres e meninas negras. 


Esta data, estabelecida durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, realizado em 1992, em Santo Domingo (República Dominicana), celebra as contribuições políticas, intelectuais, econômicas e socioculturais das mulheres negras para o desenvolvimento histórico do continente e reafirma a nossa luta contra a violação de direitos. Ao mesmo tempo, essa conexão entre mulheres negras dá força às vozes femininas na luta pela garantia de direitos.



Segundo o Mapa da Violência - 2015, em apenas 10(dez) anos, o número de casos de feminicídios envolvendo mulheres negras aumentou 54%, o que mostra o quadro dramático vivido por nós, mulheres negras, no Brasil. Essa situação de violência racista e misógina que se expressa de múltiplas formas: via extermínio, epistemicídio, racismo institucional, lesbofobia, etc. Dia 25 é dia de marcharmos, e é PELA VIDA DAS MULHERES NEGRAS que iremos às ruas.



Juntem-se a nós!



sexta-feira, 7 de julho de 2017

Tereza de Benguela, a rainha quilombola


Angela Davis no CAHL/UFRB - BA

O Curso Internacional “Decolonial Black Feminism in The Americas” é uma iniciativa de uma rede internacional de organizações feministas e descoloniais que traz à Cachoeira a filósofa e ativista Angela Davis, referência internacional das lutas anti-racista e feministas contemporâneas.  As professoras Ochy Curiel, da Colômbia, e Gina Dent, dos Estados Unidos, também serão docentes do curso, que é voltado a pesquisadores, ativistas e feministas negras brasileiras e de outros países e tem como propósitos: a) fomentar o compartilhamento de experiências e conhecimentos entre as participantes; b) deslocar a geografia da razão, motivo pelo qual foi escolhido o Brasil e, em especial, a cidade de Cachoeira, conhecida pela centenária irmandade feminina negra da Boa Morte, e c) propiciar e ampliar o diálogo entre o Feminismo Negro e Decolonial numa perspectiva de intervenção junto aos movimentos sociais e a universidade.  Com isso, pretendemos criar um espaço de interlocução onde a reflexão, as estratégias de intervenção e atuação política caminhem lado a lado.  




Além do curso, cujo acesso é restrito às participantes, haverá a Conferência de abertura, proferida por Angela Davis, e a Mesa Redonda “Práticas e desafios do Feminismo Negro”, abertas ao público. A Conferência será no dia 17 de julho, às 10 horas, no auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), em Cachoeira. A Mesa Redonda ocorrerá no dia 21 de julho, no mesmo local, às 17 horas. As inscrições para o curso já foram encerradas, mas as atividades abertas não requerem inscrição prévia.

ONDE? Auditório do CAHL, Cachoeira-BA

QUANDO? Conferência, 17/07/2017, às 10 horas, e Mesa Redonda, 21/07/2017, às 17 horas

FONTE: site da UFRB

Mulher Negra Todo Dia: Cientistas


Nossas ancestrais: Mãe Beata de Yemonjá


1º Encontro Nacional de Mulheres Negras, Valença/RJ (1988)


quarta-feira, 5 de julho de 2017

Curso Black Feminism traz Angela Davis a Cachoeira - BA

O curso Black Feminism é uma iniciativa de uma rede internacional de organizações feministas que traz a Cachoeira a filósofa e ativista Angela Davis, referência internacional das lutas feministas contemporâneas. 
O curso ocorrerá entre os dia 17 e 21 de julho no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), em Cachoeira. Além do curso, haverá uma mesa-redonda e uma conferência, abertas ao público. A conferência será no dia 17 de julho, às 10h, no auditório do Quarteirão Leite e Alves.

ONDE? Auditório do CAHL, Cachoeira-BA
QUANDO? Atividades abertas: 17/07/2017, às 10 horas, e 21/07/2017, às 17 horas

Direitos humanos das mulheres negras na África e na América Latina - BA


Mulher Negra Todo Dia: Cantoras