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sábado, 24 de novembro de 2012

Mulheres Afro-Brasileiras, Cabelo Crespo e Consciência Negra

Global Voices em Português - http://pt.globalvoicesonline.org -
Escrito por Yohana de Andrade On 20 Novembro, 2012 @ 12:15
 
“Pode ir de cabelo solto na minha escola, mas eu não gosto, porque ele seca e fica ruim. Meu cabelo é ruim”. A frase é dita por uma menina no web documentário Raíz Forte [1], que mostra como mulheres negras no Brasil lidam e lidaram com seus cabelos. Segundo a descrição do projeto na página do Facebook [1], o intuito é “gerar discussões acerca das relações com o cabelo enquanto forma de pertencimento e de explicitação da ancestralidade africana”.
No dia em que se celebra a Consciência Negra [2] no Brasil, 20 de novembro, convidamos a conhecer este filme cuja narração, feita em primeira pessoa, conecta às histórias das diferentes personagens, mostrando o preconceito sofrido pela sociedade e, muitas vezes, por elas mesmas ao longo da vida.
O documentário [3], dividido numa série de três episódios, começa por abordar os rituais de manipulação do cabelo crespo durante a infância da mulher negra, e depois mostra como várias mulheres agem diante das opções adquiridas durante a adolescência e juventude. O terceiro e último episódio apresenta experiências das personagens em relação ao cabelo crespo, da infância a juventude, que marcam sua história hoje.
 
 
Em entrevista ao blog Meninas Black Power [4], Charlene Bicalho, idealizadora do documentário Raíz Forte, compartilha sua própria experiência com seu cabelo. Segundo conta Charlene, sua “raíz” foi negada desde a infância até à idade adulta, passando por várias fases de disfarce, como as trancinhas, “o alisamento como a salvação do problema”, o consequente enfraquecimento do cabelo, a dependência de tratamentos químicos e caros. Até que, aos 26 anos, resolveu entrar num processo que lhe permitisse descobrir de novo como era o seu cabelo. E o resultado? Charlene conta:
comecei a ser abordada por mulheres negras, em ambientes que eu frequentava, perguntando o que eu fazia para meu cabelo ficar daquela forma. As abordagens aumentavam a medida que o meu cabelo crescia e isso começou a mexer comigo porque eu me via naquelas mulheres, via nelas meu cabelo de anos atrás. Comecei então a pensar algum projeto cultural onde pudesse abordar essa temática, no intuito de mostrar para essas mulheres que existem alternativas para tratar dos cabelos diferentes das que geralmente são ensinadas no âmbito familiar. Dessas reflexões surgiu o projeto RAIZ FORTE!
A relação entre preconceito, mulheres negras e cabelos crespo pode ser acompanhada em diversos setores da sociedade e mídia.
Como relata no site Jezebel, no artigo [6] intitulado “Bombril é palha de aço. Cabelo crespo é outra coisa”, Livia Deodato critica a relação entre o objeto e seu cabelo:
Aí, quando a gente pensa que todo este mal-estar ficou lá nos anos 80, vem a Bombril [empresa cujo principal produto é palha de aço, pejorativamente associada aos cabelos crespos], ciente da associação preconceituosa criada em torno da sua marca, claro, e lança um concurso para descobrir a nova melhor cantora do Brasil no programa do Raul Gil: Mulheres que Brilham, cujo logo é a sombra de uma mulher de perfil que tem cabelo crespo.
(O concurso [7], que durou entre junho e outubro de 2012, teve como vencedoras as cantoras Bruna e Keyla, notavelmente loiras e não afro-brasileiras).
O blog Cabelo Crespo é Cabelo bom [8], da jornalista Mariangela Miguel, tem o mesmo intuito do documentário: mostrar que o cabelo crespo é tão bonito quanto o liso:
Quando o seu cabelo só cresce para cima, como explicar para uma menina de 13 anos que ela não pode nem sonhar com o cabelo Chanel? Quem é o culpado? O cabelo ruim.
Acreditei nisso por muitos anos. Hoje, depois de tantas experiências (que vou fazer questão de contar cada uma para vocês), cheguei a seguinte conclusão: se meu cabelo fosse realmente ruim, não teria agüentado tanto secador, chapinha e química.
“Esse fenômeno pelo qual passam as cabeleiras das mulheres, principalmente as negras, não é exclusivo entre as brasileiras”, indica o blog Colherada Cultural [11]:
Nos Estados Unidos a questão está tão presente que virou tema de um divertido documentário chamado “Good Hair” [12] (ou “Cabelo Bom”, em tradução livre) (…) [que] mostra como age a indústria de produtos para cabelos voltada aos negros, bem como a ausência quase que total de personalidades negras que assumem os fios crespos.
Também no mundo da música a questão é retratada. Um exemplo é dado pela jovem psicóloga Jessica Sandim, que partilha [13] no seu blog a música “I am not my hair [14]“, da cantora norte americana India Arie, dedicando-a a:
nós que sempre, I mean, SEMPRE TODA A VIDA, entramos em conflito sobre nossos cabelos, nossa identidade, nosso gosto e a “maldita ditadura da sociedade”…
E também pra você que adora criticar tudo que é diferente.
A música faz uma apologia à recusa dos estereótipos incutidos pela sociedade, e tem sido partilhada pela blogosfera como “canto libertador”, descreve-o [15] assim a autora do Diário de Bordo, Bordado a Bordô [15], como “canto de quando já se chegou, canto de tributo à trajetória”.

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[10] Mulheres Africanas - A Rede Invísivel: https://www.youtube.com/watch?v=7hYEP1k5w84
[12] “Good Hair”: http://www.goodhairmovie.net/

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vigília pelo fim da violência contra as mlheres ocorrerá nesta 3ª feira, 27/11 - BA

NA PRAÇA EM FRENTE À OAB, EM SALVADOR/BA
 
Nesta 3ª feira (27.11), acontece a Vigília Feminista pelo Fim da Violência contra as Mulheres – Chega de Impunidade, na Praça em frente à OAB (Rua Portão da Piedade, nº16), em Salvador, das 17h30 as 19h30. Essa vigília tem o objetivo de dar visibilidade e denunciar todos os casos de violência não resolvidos pela Justiça, a falta e a precariedade dos equipamentos da Rede de Atenção às mulheres vítimas de violência doméstica. Além de depoimentos de mulheres e denúncias, a vigília terá momento de manifestação cultural com apresentação de teatro com a atriz Isabel Freitas e grupo.

A cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil, por dia 5.760 mulheres sofrem algum tipo de violência e por ano, 2,1 milhões de mulheres são agredidas. Cada notificação tem em média sete agressões anteriores. Das jovens brasileiras, em média 6,9 milhões são abusadas sexualmente antes de completar 18 anos, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, às mulheres vítimas de violência doméstica da Bahia. Só neste ano o estado baiano já registrou 4.278 casos de violência doméstica e sexual. Em Salvador, do mês de janeiro a outubro, foram 1.844 ocorrências.

A Bahia, atualmente, é o 3º estado brasileiro no ranking de notificações de denúncias de violência contra a mulher. Em primeiro lugar fica o Distrito Federal, seguido pelo Pará. Este resultado faz com que o Brasil ocupe a 7ª posição do mapa da violência em uma pesquisa feita entre 87 países pelo Instituto Sangari e o Ministério da Justiça.

O Disque-denúncia, 180, registrou, no primeiro semestre de 2012, 388,9 mil atendimentos, dos quais 56,6% foram relatos de violência física. A violência psicológica aparece em 27,2%. Foram 5,7 mil chamadas relacionadas à violência moral (12%), 915 sexual (2%) e 750 patrimonial (1%), esses dados são da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, responsável pelo Disque-denúncia.

De acordo com a Coordenação de Documentação e Estatística Policial, o número de ameaças aumentou passando de 8.662, em 2011, para 11.639 ocorrências em 2012. O resultado poderia ser ainda maior se o medo e o constrangimento de denunciar seu agressor não existissem em alguns casos.

No dia 29 de novembro ocorrerá a Caminhada Unificada pelo Fim da Violência contra as Mulheres saindo da Praça da Piedade até a Praça da Sé, a partir das 14h. O ato irá reunir várias entidades, grupos, órgãos governamentais e não governamentais, todas unidas pelo fim da violência contra as mulheres. A Caminha contará com a presença e os tambores do Instituto A Mulherada com o lema: “Tocar sim, bater não”.



* Força Feminina: A vigília é promovida por diversas organizações do movimento de mulheres e feministas de Salvador e Região Metropolitana.


SERVIÇO

O Quê: Vigília pelo fim da violência contra as mulheres – chega de impunidade
Quando: 27 de novembro de 2012
Onde: Praça em frente a OAB em Salvador (Rua Portão da Piedade, nº16)
Horário: 17h30min – 19h30min
Contato: Louisa Huber – (71) 88520024
Maria Eunice Kalil – (71) 81787345
Marta Leiro – (71) 87967261  
CEAFRO – (71) 3283-5520

AGENDA: Participe e acompanhe a agenda da Secretaria de Políticas para as Mulheres e de outros órgãos.

Dia 25.11.12 – Vestir os símbolos da cidade de Salvador com a camisa dos 16 dias de ativismo. Responsável: SPM

Dia 27.11.12 – A Vigília vai acontecer, no dia 27, na pracinha em frente à OAB às 17h30min.

Dia 28.11.12 – Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – CEBES Convida a todos para discutir o tema: “Saúde da Mulher e Direitos Sexuais e Reprodutivos” - às 19h, Biblioteca Central dos Barris Rua General Labatut, n 27, Barris

Dia 28.11.12 – Seminário sobre as mulheres presidiárias com a presença de todas as secretarias envolvidas. Responsável: SPM

Dia 29.11.12 – Grande ato das mulheres. 14h Local: Saída da Piedade/ Pelourinho/ Praça da Sé

Dia 10.12.2012 – Em comemoração aos 16 dias de ativismo, as voluntárias sociais da Bahia em parceria com o conjunto Penal feminino realizará o Dia Internacional dos Direitos Humanos, o Programa de Melhoria da Saúde Materna e Neonatal com as gestantes em situação de prisão - Mata Escura Conjunto Penal Feminino as 14h.

Dia 03.12.12 – Debate sobre ativismo no Auditório do SESAT (esquina da rua Araújo Pinho com a Pedro Lessa, no Canela). Responsável: Regional Bahia da Rede Feminista de Saúde

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Livro aborda mulheres negras no século XXI

O livro Outras Mulheres: mulheres negras brasileiras ao final da primeira década do século XXI, organizado por Denise Pini Rosalem da Fonseca e Tereza Marques de Oliveira Lima, professoras do Departamento de Serviço Social, será lançado no dia 14 de novembro, durante o seminário Por Nós, Por elas e Por Outras: as militâncias de mulheres negras.

PROGRAMAÇÃO:
 
14:00 - 14:20 - Abertura
Luiz Roberto Cunha - Decano do Centro de Ciências Sociais da PUC-Rio
Luiza Helena Nunes Hermel - Diretora do Departamento de Serviço Social das PUC-Rio
Inez Therezinha Stampa - Cordenadora da Pós-Graduação do Departamento de Serviço Social
Coordenadoa: Denise Pini Rosalem da Fonseca
 
14:20 - 14:40 - Mulheres negras participando da construção dos seus direitos
Vídeo documentário - Criola, 2010.
 
14:40 - 16:00 - Escritoras negras - um sujeito que se autoenuncia na literatura afro-brasileira
Antonia Ceva - Intelectuais não-canônicas: a narrativa literária de escritoras afro-brasileiras
Giovana Xavier - Saindo da zona de conforto: experiência de pesquisa em raça e beleza nos EUA do pós-abolição
Helena Theodoro - Mulher negra e religiosidade afro-brasileira
Coordenadora: Magali Almeida
 
16:00 - 16:20 - Intervalo
 
16:20 - 18:00 - O ativismo de mulheres negras e a constituição dos direitos
Carolina Fernanda Silva - Pertença religiosa e identidade da mulher negra
Adriana Severo Rodrigues - Mulheres negras e sistema prisional
Jussara Francisca de Assis - Mulheres negras e empresas
Sandra Regina Marcelino - Mulheres negras lésbicas
Coordenadora: Vanessa Santos do Canto
 
18:00 - 19:00 - Outras mulheres: uma história que precisa ser conhecida
Lúcia Xavier - O significado de servir
Jurema Werneck - O valor de militar
Mãe Beata de Yemonjá - A importância de cuidar
Coordenação: Reinaldo da Silva Guimarães
 
19:00 - 21:00 - Coquetel de lançamento do livro Outras mulheres: mulheres negras ao final da primeira década do século XXI.
Organizado por Denise Pini Rosalem da Fonseca e Tereza Marques de Oliveira Lima.

domingo, 4 de novembro de 2012

Mulheres: inscrições abertas para o Programa Bolsa-Atleta

Estão abertas e vão até o dia 17 de novembro as inscrições para o Programa Bolsa-Atleta. Consideramos bastante importante divulgar a informação nas Escolas de Ensino Médio, Universidades, instituições esportivas e outros órgãos e entidades dos seus municípios e/ou estados, *estimulando a participação das mulheres.
 
O número de bolsas concedidas às mulheres vem crescendo, mas ainda fica praticamente 20 pontos percentuais abaixo do número com que os homens tem sido beneficiados.
 
De forma semelhante a outros campos, no Brasil as mulheres vivem desigualdades significativas com relação ao esporte e lazer, mesmo sendo apontados como direitos pela Constituição Federal. Várias modalidades esportivas foram, durante muito tempo, consideradas inadequadas às mulheres, cujo corpo devia ser preservado para a maternidade.

Porém, apesar dos preconceitos, as mulheres vêm rompendo os limites impostos. Haveremos de mostrar que esse, assim como outros, não é um mundo exclusivamente masculino.

Já estamos trabalhando com o Ministério do Esporte, que tem se preocupado com as questões de gênero. O mesmo pretende atender a 100% das e dos atletas que estiverem dentro dos critérios nas modalidades dos programas olímpico e paralímpico e dos programas pan e parapan-americanos.

Mais informações sobre a Bolsa-Atleta e links para a inscrição podem ser encontradas na matéria divulgada no site da SPM:
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http://www.spm.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2012/10/24-10-bolsa-atleta-oferece-ate-r-3-100-mensais-para-esportistas-de-ategorias-olimpicas-e-paralimpicas>http://www.spm.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2012/10/24-10-bolsa-atleta-oferece-ate-r-3-100-mensais-para-esportistas-de-ategorias-olimpicas-e-paralimpicas

Debate "E o Estado laico? Religiosidades, sexualidades, sociedade e o campo político brasileiro" - SP

 
 
O último ciclo de debates do ano organizado pelo Mapô - Núcleo de Estudos Interdisciplinar em Raça, Gênero e Sexualidade da Universidade Federal de São Paulo - Campus Guarulhos, tem como tema "E o Estado laico? Religiosidades, sexualidades, sociedade e o campo político brasileiro" e contará com as presenças de Rodney William Eugênio (mestre em Gerontologia Social, pesquisador sobre religiões de matriz africana e babalorixá); Yury Orozco (Católicas pelo Direito de Decidir) e de Sandra Duarte (Universidade Metodista).
Onde: Campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo - Estrada do Caminho Velho, 333; Bairro dos Pimentas; Guarulhos.
Horário: 18h

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

I Seminário Nacional Interseccionalidade de Raça e Gênero no Enfrentamento a Feminização DST/Aids - PR

O I Seminário Nacional Interseccionalidade de Raça e Gênero no Enfrentamento a Feminização DST/Aids, que acontecerá na cidade de Curitiba-Paraná de 11 a 13 de novembro é organizado pela Rede Mulheres Negras do Paraná, em parceria com Rede Lai Lai Apejo-População Negra e Aids, contando com o apoio do Departamento DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Será uma atividade de caráter nacional, envolvendo as 27 unidades da federação e tem como público alvo a participação de mulheres negras e não negras vivendo com HIV/Aids; representações de organizações da sociedade civil que trabalham diretamente no enfrentamento a epidemia e prevenção do HIV/Aids, organização que atuam na promoção de saúde e saúde da população negra; e gestores (as) de saúde, organismos de políticas para mulheres e de igualdade racial.

O I Seminário tem como eixo estrutural construir uma ação estratégica que subsidie o governo federal na elaboração de proposições que atuem diretamente no enfrentamento a feminização da Aids e outras DST, considerando o enfoque racial. Tenho como premissa que a execução do Plano Integrado de Enfrentamento a Feminização da Aids e outras DST (2007/2011) encerrou no final do ano passado, e o desafio ainda persiste, apresentasse latente a pergunta de quais são as estratégias e respostas do governo brasileiro, nas suas 3 esferas e da sociedade civil, no enfrentamento da epidemia entre as mulheres?

Convidamos todas e todos a construírem estas respostas junto conosco de 11 a 13 de novembro na cidade de Curitiba-Paraná.
 
Todas (os) participantes selecionadas (os) receberão financiamento para sua participação integral no evento. Sendo de responsabilidade da organização do I Seminário o custeio das passagens aéreas local de origem-Curitiba-local de origem, hospedagem, alimentação e materiais de trabalho ao longo dos dias de atividade.

Rede Mulheres Negras do Paraná e Rede Lai Lai Apejo-População Negra e Aids

Maiores informações: seminario.enf.fem.dst.aids@gmail.com, redelailaids@gmail.com eredemulheresnegraspr@yahoo.com.br

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Debate - Pensamento Crítico na América Latina: pós-colonialidade e feminismo - PE

Dia 14 set, às 18h30, no centro cultural feminista do SOS CORPO, na Rua Real da Torre, 593, bairro da Madalena, Recife.
 
Debateposcolonialidade14set12web
 
O processo de colonização da América Latina pela Europa construiu a perspectiva de inferioridade dos não-europeus, baseada na divisão racial do trabalho no âmbito do capitalismo mundial, e isto possibilitou a naturalização das relações coloniais de dominação.
O ponto de partida dos estudos pós-coloniais é a constatação de que toda enunciação tem um lugar de origem. Isso implica compreender criticamente a produção do conhecimento a partir da geopolítica da dominação no mundo, mas também a partir das múltiplas faces da dominação, o que inclui opressões diversas.
A teoria feminista faz a crítica à concepção de um sujeito universal masculino, mais recentemente identificado como sujeito masculino, branco e proprietário, trazendo para o debate a referência às relações sociais de raça e classe que foi dominante no pensamento moderno.
Os estudos pós-coloniais, com suas abordagens acerca da necessária descolonização do poder e do saber, colocam questões para a teoria feminista.
 
Contaremos com as provocações iniciais
- de Paulo Henrique Martins, professor da UFPE e atual presidente da ALAS - Associação Latino-americana de Sociologia, que estará lançando a publicação “América Latina y la heterotopía de una comunidadde destino solidaria” (*).
- de Betânia Ávila, pesquisadora e integrante da equipe do SOS Corpo, que falará sobre feminismo
em diálogo com a questão da pós-colonialidade.
(*) A publicação está disponível em sua versão digital no endereço:http://estudiosociologicos.com.ar/portal/blog/decolonialidad-de-america-latina/
 
Leia também:

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Palestra "Abjeção, monstruosidade e discurso científico: os novos monstros sexuais" - SP



A próxima edição do projeto de extensão Arte e Diferença, realizado pelo Ser-Tão - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade, trará como palestrante o prof. Dr. Jorge Leite Junior, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Este evento é financiao pelo PPGAS/UFG e apoiado pelo Museu Antropológico e pela FCS/UFG.

Data: 20/09, quinta-feira, Mini-auditório do Museu Antropológico, às 18h30.

O título da palestra será: "Abjeção, monstruosidade e discurso científico: os novos monstros sexuais".

Informações sobre o palestrante:
Professor Adjunto do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), especialista em sociologia urbana, sexualidade, gênero, comunicação e arte. É autor, dentre outras produções, de "Nossos corpos também mudam - a invenção das categorias" (Annablume/ FAPESP, 2011) e "Das maravilhas e prodígios sexuais - A pornografia" (Annablume/ Fapesp, 2006).

terça-feira, 24 de julho de 2012

Formação de líderes afrodescendentes em São Paulo - SP

(Clique na imagem para ampliá-la)

2° mostra de trajes afros de mulheres religiosas de matrizes africanas - BA


Venha participar da 2° mostra de trajes afros de mulheres religiosas de matrizes africanas.

Pelo segundo ano consecutivo e com o objetivo de comemorar o 25 de julho dia da mulher negra Latina e Caribenha, o Fórum de mulheres negras do subúrbio em parceria com o Fórum de religiosas de matriz africana e o Instituto Mídia Étnica. Realizará sua 2° mostra de trajes afros de mulheres religiosas de matrizes africanas, a mostra tem como objetivo, ressaltar que em uma cidade como Salvador é inadmissível a não existência de lojas que venda roupas que valorize a estética, curvas e medida de mulheres negras da cidade nos shoppings tradicionais.
A mostra que este ano conta com a parceria do Shopping Barra, pretende apresentar roupas do dia-a-dia usadas por mulheres negras com medidas acima do tradicional. A concentração para quem tenha o interesse de desfilar ocorrerá na Casa do Benin - Pelourinho, com um café da manhã e logo após todos seguirão para Shopping Barra onde acontecerá o desfile. Os modelos mostraram roupas de costureiras e estilistas negras não conhecidas pelas grandes marcas de Salvador e moradoras de bairros populares.

Reforçamos o convite a todos e todas que desejem fazer parte desta atividade que vem se tornando uma importante ação visibilidade a estilistas e linhas de vestimenta de mulheres e homens negros na Bahia.

O que: 2° mostra de trajes afros de mulheres religiosas de matrizes africanas
Quando: 25 de julho
Local da concentração: Casa do Benin, Pelourinho ás 8 horas
Local do Desfile: Shopping Barra
Horário do Desfile: 11hs
Informações: Luciane Reis – 9959-2350 ( Instituto Mídia Étnica) e Lindinalva de Paula (9933-4033).

Observação: O DESFILE É ABERTO A QUALQUER PESSOA QUE TENHA VONTADE DE SE JUNTAR A NÓS. BASTA CHEGAR COM SUA ROUPA DO DIA-A-DIA E MOSTRAR SUA BELEZA.


FONTE: Correio Nagô

sexta-feira, 20 de julho de 2012

6º Encontro Pernambucano das Mulheres de Terreiro - PE

(Clique na imagem para ampliá-la)

A abertura tem entrada franca, mas para participar dia 24 é necessário inscrição prévia.
As Fichas de Inscrição preenchidas deverão ser remetidas para o email: mulheresdeterreiro.pe@gmail.com
 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Seminário "Mulher, Negra e Baiana: Retratos do Global no Local" - BA


Tema: "Mulher, Negra e Baiana: Retratos do Global no Local"
Dia: 27 de julho de 2012
Local: Espaço Cultural Alagados
Horário: 08:30 (Abertura do Evento)
Realização: Grupo de União e Consciência Negra da Bahia - GRUCON e a Rede CAMMPI

V Latinidades, Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha - DF

De 23 a 29 de julho, a quinta edição do Latinidades, com realização da Griô Produções e da Ossos do Ofício, promove ações afirmativas no sentido de dar visibilidade e voz à mulher negra.
O Latinidades promove debates, feira, shows, intervenções culturais, lançamentos literários, oficinas, exibição de documentário, seminário e rodas de conversa sobre o tema Juventude Negra, foco desta quinta edição do Festival, que, desde 2008, traz temas como machismo, racismo e a superação de desigualdades, com recorte de gênero e raça, sempre acompanhado de uma programação cultural gratuita.
O Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha propõe uma programação rica e diversificada, a cada edição anual, construída a partir da necessidade de reparação do prejuízo histórico vivido pelas mulheres negras. Neste sentido, em 2012, o tema será Juventude Negra, por ser a principal vítima da violência urbana. “No Brasil, os dados que nos levaram a realização do Latinidades sob esse tema são impactantes. A juventude negra encabeça a lista dos desempregados e dos que têm maior defasagem escolar.” Justifica Jaqueline Fernandes, coordenadora geral.
Nosso país conta com cerca de 11,5 milhões de jovens negros entre 18 e 24 anos de idade, o que representa 6,6% da população. A taxa de analfabetismo é de 5,8%. Em média, os jovens negros têm dois anos a menos de estudo do que os brancos da mesma faixa etária: 7,5 anos e 9,4 anos, respectivamente. A comparação das taxas de escolarização é um indicador de como o sistema educacional brasileiro ainda tem muito o que fazer para combater as desigualdades raciais: a proporção de crianças no ensino fundamental é de 92,7% para negros e de 95% para brancos; no entanto, somente 4,4% dos negros, de 18 a 24 anos, chegam ao ensino superior; entre os brancos, esse percentual é de 16,6%*.
A equação perversa de diversos fatores tais como racismo, pobreza, discriminação institucional e impunidade, contribui para a falência do sistema de segurança e justiça em relação à população negra. Essa relação não é fruto do acaso: distorções como a “presunção de culpabilidade” em relação aos negros resulta em ações que promovem a eliminação pura e simples dos suspeitos, violando os direitos humanos e constitucionais desses jovens. Ações que de tão recorrentes e banalizadas denunciam um processo silencioso de eliminação desse grupo da população.*
*Do artigo Juventude negra e exclusão radical, de Maria Aparecida Bento e Nathalie Beghin.
“Realizar o Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, para nós, significa refletir o lugar da mulher afro-descendente no Brasil e os desafios da luta contra a pobreza e o racismo, aumentando, assim, as possibilidades de dar visibilidade as mulheres negras da América Latina e Caribe.” Comenta Jaqueline.
Ações realizadas durante o Festival:
Shows:
Complexo Cultural da República, no ponto de encontro do Festival de Teatro Cena Contemporânea:
25/7, a partir das  20h:
Cabelaço | Bloco Afro Ilê Aiyê | Paula Lima | Cris Sobral (DF) | Sistema Criolina
Cabelaço é uma ação político-cultural, promovida pelo coletivo Pretas Candangas, que agrega samba de roda, intervenção poética, com Cris Sobral, demonstração de tranças afro e confecção de turbantes.
O dia 25 de julho, desde 1992, foi instituído como o Dia Internacional da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha. Nesta data foi realizado o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre identidade negra em todo o continente. Latinidades vem reafirmar a importância de dar visibilidade ao 25 de julho como marco de lutas em todo o continente.
26/7, a partir das 21h:
Calango Pensante – batalha de rimas (DF) |  GOG |  Sistema Criolina
Dia para lançamento do décimo disco do GOG – Iso 9000 do Gueto. Será no palco do ponto de encontro do Cena Contemporânea, que GOG vai estrear seu mais novo show, com a apresentação de danças afro-contemporâneas, intervenções audiovisual e capoeira. A noite começa com a “Batalha de Rimas”, comandada pelo MC Ahoto Skrew, como temas a África e a América Latina, a igualdade racial e a cultura afro. Para esquentar e instigar a criatividade dos MC’s, um júri vai escolher o mestre que melhor trouxer rimas improvisadas.
27/7, a partir das 21h:
Puerto Candelaria (Colômbia) | Sistema Criolina
Puerto Candelaria, criador de novos ritmos através do encontro entre Cumbia Underground e o Jazz, é o grupo que incluiu a Colômbia no mercado mundial do Jazz, da música experimental e da World Music. Atualmente, Puerto Candelaria traz à cena musical da de seu país de origem, uma proposta musical mais desafiadora, controversa e inovadora dos últimos tempos. A banda tem como base de sua sonoridade os ritmos populares, recriando propostas inovadoras cheias de imaginação, provocando os sentimentos e suscitando as emoções de seu público por onde passa.
28/7, a partir das 14h:
Feira Preta | Gaby Amarantos (PA) | Sistema Criolina
Feira Preta, criada em São Paulo, é hoje um dos maiores eventos de cultura negra do país. Em Brasília, o Latinidades promove uma feira com 20 stands de roupas, artesanato, bijuterias e muito mais, reforçando empreendimentos étnicos.
Gaby Amarantos, nascida e criada na periferia de Belém, canta desde seus 15 anos de idade influenciada por cantoras como Clara Nunes, Ella Fitzgerald e Billie Holiday e pelos bregas Francis Dalva e Reginaldo Rossi, mas deixa claro que a sua maior influência está no bairro em que nasceu, onde tudo toca ao mesmo tempo. Deu início a sua carreira solo em 2010 e logo foi corada como a rainha do tecnobrega. Gaby está entre as 100 pessoas mais influentes do ano de 2011, pela Revista Época. Novidades, fotos, biografia e download de músicas no site oficial www.gabyamarantos.com
29/7, a partir das 17h:
Quarteto Marakamundi (DF) | Ellen Oléria (DF) | Yusa (Cuba)
A música instrumental do Quarteto Marakamundi tem como proposta apresentar a riqueza da reunindo bossa nova, samba, rumba e o montuno, associada ao improviso do jazz. O quarteto já tem 13 anos de estrada.
Yusa, uma artista cubana que renova a música latino-americana no mundo com traços das canções tradicionais de trova. A musicista representa a nova onda de músicos da ilha caribenha de Cuba, que condensa a tradição de seu país com a música de todo o resto do mundo. Guitarrista desde os seis anos, Yusa tem graduação em guitarra clássica. Desde 2001 ela excursiona pela Europa e Ásia e esta será sua primeira vez no Brasil.
Seminário – Com a realização de oito mesas, duas oficinas e três rodas de conversa sobre temas relacionados à Juventude Negra, trazendo dados de toda a América Latina à mesa. O Seminário vai acontecer nas Regiões Administrativas do Itapuã, Paranoá, Varjão, no Presídio Feminino Colméia e na Universidade de Brasília.
Ao final desta série de ações, todas as falar comporão um publicação, com o propósito de construir um documento com os posicionamentos de mulheres negras, artistas, políticas, pesquisadoras, membras de entidades e movimentos, que compuseram as mesas do Seminário. Publicação que será distribuída às entidades em sintonia com os temas, em toda América Latina.
Os temas do seminário incluem políticas públicas, emprego e renda, saúde, identidade e comunicação, orientação sexual e racismos. Ao final, todos os participantes do Seminário receberão uma declaração com a carga horária cumprida e os temas discutidos.
23/7 às 16hPolíticas Públicas para a Juventude Negra
24/7 às 10hEducação
24/7 às 14hEmprego e Renda
24/7 às 16hSaúde da População Negra
25/4 às 10hCultura
25/4 às 14hGenocídio da juventude afro-latina
25/5 às 16hNovas perspectivas para a militância feminista e os rumos do feminismo negro na América Latina
26/7 às 10hIdentidade e comunicação
26/7 às 14hOrientação sexual e identidade de gênero
27/7 às 16hRacismo Ambiental na América Latina
O Seminário acontece no Auditório da Biblioteca Nacional, com 90 vagas para cada tema discutido. Para se inscrever basta enviar e-mail, informando a mesa de interesse, para latinidades2012@grioproducoes.mus.br. Mais informações: www.afrolatinas.com.br/novo
Intervenções Urbanas – Intervenções artísticas sobre identidade negra, em áreas públicas, como na Rodoviária do Plano-piloto, em estações de metrô e na Praça do Complexo Cultural da República, com a apresentação de músicos e artistas plásticos, tanto de Brasília quanto de outros Estados e também uma convidada internacional.
Lançamento de obras literárias Publicações que trazem temas políticos e culturais acerca da rica e vasta cultura negra, produzidos no Brasil e no exterior. Dando mais visibilidade mais oportunidade a autoras e autores negros da América Latina e Caribe, como forma de disseminar conhecimento sobre ações afirmativas e políticas de reparação, bem como a cultura e a religião.  Entre os autores convidados estão Cris Sobral, Renata Felinto e Cidinha Silva.
Setembro
Presídio Feminino Colméia – Região Administrativa do Gama – DF
Oficina de Comunicação | Roda de conversa: Lei Maria da Penha | Palestra Saúde Integral da Mulher | Rádio Afrolatina
Cidade Estrutural – DF
Palestra Saúde Integral da Mulher | Roda de Conversa Racismo Ambiental | Rádio Afrolatina
Outubro
Varjão, Paranoá e Itapuã – DF
Rodas de conversa com debate e apresentação do documentário Afrobrasilienses
“Acreditamos que ao final do Festival, nós teremos conseguido dar mais voz e mais visibilidade à mulher negra. Com a circulação de artistas, geração empregos, mesmo que temporários, o intercâmbio e interação entre negras e não-negras, capacitação pessoas e elevando a auto-estima destas lindas mulheres americanas e caribenhas.” Afirma Jaqueline Fernandes. E acrescenta: “Só reforçando que, com a realização do Latinidades nos esperamos chegar a mais de 30.000 mil pessoas em toda América Latina e Caribe.”

Contato para entrevistas:
Jaqueline Fernandes – Coordenação Geral
e-mail:
grioproducoes@gmail.com
Celular:
61- 7814 2907

terça-feira, 10 de julho de 2012

Exibição do filme "A fonte das mulheres" - SP


CONVITE

Em julho, o Cinemulher em parceria com o Cineclube Darcy Ribeiro e a Escola de Sociologia e Política – ESP, convida para a exibição do filme A fonte das mulheres ((La source des femmes, 2011) do diretor Radu Mihaileanu (mesmo diretor de O concerto).

Nossa convidada é Sonia Coelho, integrante da SOF – Sempre Viva Organização Feminista e militante da Marcha Mundial de Mulheres.
  
Comentário

“No festivo, musical e politicamente correto A Fonte das Mulheres, o diretor romeno Radu Mihaileanu (O Concerto, Trem da Vida) imagina um manifesto feminista numa pequena comunidade muçulmana no Magreb, norte da África.
Coproduzido pela França, Bélgica e Itália, o filme concorreu à Palma de Ouro em Cannes 2011.
A pequena aldeia, assombrada pela seca, o desemprego e a corrupção das autoridades locais - que atrasam a instalação da água encanada e da eletricidade - sobrecarrega de trabalho pesado suas mulheres. Sempre levando baldes nas costas, ladeira acima, ladeira abaixo, várias delas, grávidas, perdem os filhos.
Depois de um novo aborto de uma delas, a jovem Leila (Leila Bekhti, de O Profeta), uma das raras mulheres que sabe ler, lidera uma greve de sexo, procurando forçar os homens locais a se mexerem para resolver os problemas do povoado”. Neusa Barbosa. Cineweb

Exibição digital
135 minutos

Quando: 14 de julho  – Sábado - 18 h.
Onde: Escola de Sociologia e Política - ESP
Cineclube Darci Ribeiro
Rua General Jardim, 522 - sala 2 - Florestan Fernandes
Entre os metrôs Santa Cecília e República

Atividade gratuita. Compareçam!!!!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sexta Cênica Queer - BA

 
A sexta cênica é uma mostra de trabalhos artísticos que ocorre na segunda sexta-feira de cada mês, na Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia, aproximando o público do fazer artístico da cidade, através do livre acesso. A sexta cênica do dia 13 de julho será especial pois é inteiramente dedicada a um tema. Será a sexta cênica Queer.
 
A palavra “QUEER”, utilizada originalmente como insulto aos homossexuais, pode ser traduzida como estranho, ridículo ou excêntrico. A idéia dos estudiosos queer é positivar o insulto, passando a exaltar o queer como uma prática de vida, que se coloca contra normas sociais excludentes. Segundo Judith Butler, expoente dos estudos queer, o gênero é performativo porque é resultante de um regime que regula as diferenças do gênero, e, neste sentido,  a política queer adota a condição marginal para afrontar a heteronormatividade.
 
A teoria Queer tem constituído um apoio para a reflexão sobre as novas funcionalidades que os corpos contemporâneos vêm pouco a pouco assumindo, revelando o esgarçamento das fronteiras entre os sexos. A teoria Queer é na verdade um conjunto de estudos que têm em comum a busca pela acentuação das descontinuidades entre sexo-gênero e desejo, que surgiu no final dos anos 80, especialmente nos Estados Unidos.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Sarau de lançamento do novo livro de Cidinha da Silva - SP

(Clique na imagem para ampliá-la)

Ciclo de Debates Entre Pretas Aqualtune - RJ


A Associação de Mulheres Negras Aqualtune, em 30 de Junho do corrente ano, das 13:30 hs às 17h, realiza o Ciclo de Debates Entre Pretas Especial “ Nosso Aniversário de 5 anos – Re-existência até Aqui” na sede do Sindicato dos Metroviários no RJ. A proposta do Ciclo é oportunizar a troca de informações sobre a história de lutas das mulheres negras e as contribuições de teóricas negras.
Esse mês debaterá um texto: “Em Busca dos Jardins das Nossas Mães” (In Search Of Our Mother’s Gardens)de Alice Walker; com a Presença da Tradutora-Kátia Santos - Escritora, Tradutora por formação, Pós-doutora em Estudos de Cultura e Literaturas da Diáspora Negra com ênfase no contexto estadunidense que nos convida a uma conversa reflexiva acerca do texto, e da tradução do mesmo texto.O textos será anexado em breve .Esperamos todas vocês.

Depois do debate teremos um lanche, pedimos que as convidadas, que quiserem e puderem, levem suas bebidas e alimentos para o lanche. Quem quiser pode levar também artesanatos e produtos para exposição e venda.

Atenciosamente, Aqualtunes

O quê: Ciclo de Debates Entre Pretas Aqualtune
Onde : Avenida Rio Branco, Nª 277,4º andar(Sindicato dos Metroviários,Cinelândia/Centro -RJ
Quando: Dia 30 de Junho
Que horas: 13:30 as17 hs.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

SPM abre amanhã (01/06) inscrição para encontro nacional de delegacias de atendimento às mulheres

Durante o sexto aniversário da Lei Maria da Penha, delegadas e delegados de todo o país se reunirão, em Brasília, para tratar do papel da autoridade policial nos casos de violência contra as mulheres

Começa nesta sexta-feira (01/06) o período de inscrição para o encontro nacional 'O Papel das Delegacias no Enfrentamento à Violência contra as Mulheres',  que acontecerá, nos dias 7 e 8 de agosto, em Brasília. O evento é promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e pelo Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

De 1º a 30 de junho, delegadas e delegados, responsáveis por equipes de atendimento às mulheres, poderão fazer suas inscrições em formulário on-line disponível no portal da SPM.

O encontro é uma oportunidade para discutir o fim da impunidade frente aos casos crescentes de violência de gênero, tendo como referencial os seis anos da Lei Maria da Penha, a serem completados em 7 de agosto. De acordo com dados da Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180, de janeiro a março deste ano, 60% dos encaminhamentos para os serviços públicos foram direcionados à segurança pública.

"A autoridade policial representa a porta de entrada para o atendimento. Essa autoridade é composta por delegacias e profissionais da segurança pública e está definida na Lei Maria da Penha", explica Aparecida Gonçalves, secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM. Segundo ela, o encontro é uma oportunidade para discutir o fim da impunidade frente aos casos crescentes de violência com requintes de crueldade.

O encontro tem como objetivo fortalecer as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) e pactuar as Normas de Atendimento às Mulheres, de acordo com a Lei Maria da Penha. Também faz parte da estratégia de alcance das metas do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher de cobrir 10% dos municípios brasileiros com serviços especializados à mulher em situação de violência e aumentar em 30% a quantidade dos serviços em todo o país.

Solicitações de informação poderão ser encaminhadas para o e-mail: encontrodeams@spmulheres.gov.br

Encontro Nacional 'O Papel das Delegacias no Enfrentamento à Violência contra as Mulheres'
Data: 7 e 8 de agosto de 2012
Local: Brasília - DF
Período de inscrição: 1º a 30 de junho de 2012 - acesse aqui o formulário on-line

Assessoria de Comunicação Social

Secretaria de Políticas para as Mulheres - SPM

Presidência da República - PR
61 3411 4214 / 4228 / 4229 / 5887

 

sábado, 26 de maio de 2012

2ª Vigília Feminista pelo Fim da Violência contra as Mulheres - BA

Acontece nesta 3ª feira, dia 29, a Vigília Feminista pelo Fim da Violência contra as Mulheres, na Estação Central da Lapa, em Salvador, a partir das 17h30. Essa vigília também tem como intuito lembrar a data do dia 28 de maio, Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres.
            De acordo com as Nações Unidas, em todo o mundo, cerca de 536 mil mulheres e meninas morrem por ano de complicações relacionadas à gestação e ao parto. Isto significa que são mais de 1.400 mortes por dia. No Brasil, a morte materna – define-se morte matrena durante a gravidez, o aborto e o pós-parto precoce (até 42 dias) ou tardio (de 42 dias até um ano) – é uma das 10 principais causas de óbito entre mulheres de 10 a 49 anos. Segundo dados do Ministério da Saúde a razão dessas mortes foi de 68 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Porém, a recomendação da Organização Mundial de Saúde é que haja, no máximo, 20 casos de morte materna a cada 100 mil nascidos vivos.  
            As mulheres estão morrendo dentro dos hospitais por sofrerem maus tratos, racismo e outras formas de violência institucional nas unidades de saúde. Em todo o mundo, mais de 90% das mortes maternas poderia ser evitadas e no Brasil mais de 70% das mortes são decorrentes de omissões, intervenções ou tratamento incorreto. Cerca de um milhão de crianças ficam órfãs a cada ano e essas criaças têm risco de 3 a 10 vezes maior de morrer antes de completarem dois anos do que aquelas que vivem com suas mães.
        Para assegurar o direito à atenção humanizada e não discriminatória existe no país a Lei 11.108/2005 ou a Lei de Acompanhamento que garante o direito da mulher grávida a ser acompanha durante o pré-parto, o parto e o pós-parto. A escolha dessa pessoa fica a critério da gestante e deve ser respeitada.   
            As principais causas da mortalidade materna são: a hipertensão arterial, a hemorragia, as complicações decorrentes do aborto realizado em condições inseguras e a infecção pós-parto. Para promover uma redução nesse quadro é necessário estimular a participação dos conselhos estaduais e municipais de saúde na definição de conteúdos e estruturação do Pacto Nacional, além de qualificar e humanizar a atenção ao parto, ao nascimento e ao aborto legal e garantir que mulheres e recém-nascidos não sejam recusados nos serviços de saúde e que sejam assistidos até a transferência para outra unidade.
            Essas mortes são o retrato da exclusão social de uma parte importante da população feminina, onde morrem as mais pobres, mais jovens, de menor escolarização, menor renda e usuárias do SUS. As mulheres negras morrem, em média, três vezes mais que as brancas. Na luta contra a mortalidade materna e pelo fim da violência contra as mulheres essa vigília tem a organização das seguintes entidades: Articulação Nacional de Negras Jovens Feministas, CEAFRO/UFBa – educação para igualdade racial e de gênero, Coletivo de Mulheres do Calafate, Estação da Lapa (administração), IMAIS, Observatório da Equidade Racial, Odara – Instituto da Mulher Negra e da Rede Feminista de Saúde – Regional Bahia.
 
SERVIÇO
O Quê: 2ª Vigília Feminista pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Quando: 29 de maio de 2012
Onde: Estação Central da Lapa
Horário: 17h30min
Entrada Franca
 
Mais informações através dos contatos abaixo.
Organização da Vigília
Emanuelle Góes: (71) 9137-1309
Louisa Huber: (71) 8852-0024
Ass. Comunicação do CEAFRO
Camila de Moraes (71) 8127-7035