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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Vídeo sobre direitos reprodutivos

O Centro Feminino de Estudos e Assessoria (CFEMEA) produziu um vídeo para mobilizar as mulheres brasileiras à defesa dos direitos de todas as mulheres em escolher se devem ou não levar adiante uma gravidez indesejada. Essa campanha tem por objetivo defender a autonomia das mulheres e evitar as centenas de mortes provocadas por abortos inseguros no país.

ASSISTA o vídeo em 
http://vimeo.com/15358185

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Seminário "Gênero e política no Brasil: condições, obstáculos e perspectivas para as eleições de 2010" - SP

Seminários da Casa


O Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP (NUPPs)  tem a satisfação de convidá-lo para o seminário  "Gênero e política no Brasil: condições, obstáculos e perspectivas para as eleições de 2010", a ser apresentado pela Profa.  Dra.Teresa Sacchet no dia 28 de setembro de 2010, terça-feira, das 17h00 às 19h00, na sede do NUPPs.

O texto será enviado na próxima segunda-feira aos que confirmarem presença com a Sra. Vera, pelo e-mail nupps@usp.br ou pelo telefone (11) 3091.3272. Uma resenha sobre o paper pode ser lido no artigo récem publicado, acesse: http://www.revistaforum.com.br/noticias/2010/09/22/genero_e_representacao_politica_no_brasil_condicoes_e_perspectivas_para_as_eleicoes_de_2010/

O evento é o terceiro da série Seminários da Casa, uma iniciativa do NUPPs,  com os objetivos de  apresentar  trabalhos recentes (papers, teses, pesquisas etc.) desenvolvidos por pesquisadores e recém-doutores, disseminar  o conhecimento produzido nas áreas de política e políticas públicas e fomentar o debate intelectual no âmbito do NUPPs/USP e fora dele. 

Os "Seminários da Casa" acontecerm quinzenalmente, sempre às 17h de terças-feiras, de agosto a dezembro de 2010, na sede do NUPPs, localizada na Rua do Anfiteatro, 181, favo 9, Colméias, Cidade Universitária,  São  Paulo. 

Cordialmente,

José Álvaro Moisés                                 
Diretor Científico do NUPPs
(11) 3091.3272ou 3815.4134                 

Próximos seminários previstos:
  • 05/10 - Profa. Dra.Cecília Forjaz - " O Congresso Nacional e a Política Externa(1999-2006)";
  • 19/10 - Prof. Dr. Nuno Coimbra, "Meios de Comunicação e Qualidade Democrática";

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

28 de setembro: dia de vigília pelo fim da violência contra mulheres!


28 de setembro
Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto
na América Latina e Caribe
28 MOTIVOS PARA LEGALIZAR O ABORTO NO BRASIL

1.         Porque as mulheres devem ter o direito à vida
2.         Porque são as mulheres que enfrentem os desconfortos que acompanham a gravidez e o parto e, portanto, as mulheres devem ter o direito de decidir sobre seus próprios corpos
3.         Porque trata-se de uma questão de exercício de autonomia e de liberdade sobre o corpo feminino
4.         Porque a interrupção da gravidez deve ser uma questão de foro íntimo e não caso de polícia
5.         Porque o Estado brasileiro deve garantir e respeitar os direitos reprodutivos das mulheres
6.         Porque nem toda gravidez é desejada e planejada
7.         Porque não pode ser crime a opção de interromper a gravidez
8.         Porque cada uma que toma esta difícil decisão deve ser apoiada e não condenada.
9.         Porque o crime prescrito para a mulher que aborta foi arbitrariamente definido em 1940, com uma realidade muito diferente da atual.
10.      Porque o Estado brasileiro é laico e, portanto não pode legislar com base em valores religiosos
11.      Porque a legalização do aborto não implica em obrigatoriedade: as mulheres que não querem fazer aborto não serão obrigadas a fazê-lo
12.      Porque os métodos contraceptivos não são infalíveis
13.      Porque os serviços de saúde não se organizam de modo eficaz para garantir o atendimento das necessidades contraceptivas e, portanto, as mulheres não podem ser culpabilizadas pela oferta irregular dos métodos anticoncepcionais
14.      Porque a paternidade responsável ainda não faz parte da cultura brasileira
15.     Porque muitas vezes o parceiro não permite que a mulher faça uso de contraceptivos e se recusa a usar camisinha.
16.      Porque o parceiro quase sempre é ausente nas decisões sobre a gravidez, tendo a mulher que assumir sozinha a responsabilidade  de decidir pelo aborto
17.      Porque a mulher com uma gravidez indesejada fica exposta ao sofrimento e à solidão de decidir sobre a interrupção da gravidez
18.      Porque não existe suporte social diante dos conflitos que acompanham uma gravidez indesejada
19.      Porque não existe suporte social e econômico adequado para as mulheres criarem os filhos que trazem ao mundo
20.      Porque a criminalização do aborto não reduz a sua incidência
21.      Porque  o aborto realizado em condições ilegais e inseguras é a quarta causa de mortalidade materna no país.
22.      Porque em Salvador, local onde as desigualdades sociais são maiores, esta é a primeira causa de morte materna.
23.      Porque a interrupção voluntária da gravidez não deve se tornar uma sentença de morte para as mulheres
24.      Porque a morte de uma mulher devido a um aborto em condições inseguras desestrutura famílias e deixa crianças órfãs.
25.      Porque a ilegalidade e o abortamento em condições inseguras se traduzem em altos custos aos cofres públicos devido aos internamentos
26.      Porque em todos os países nos quais o aborto foi legalizado, houve uma drástica queda nos índices de mortalidade materna.
27.      Porque só mesmo as clínicas clandestinas de abortamento é que lucram com a ilegalidade
28.     Porque a criminalização serve apenas para manter a moralidade patriarcal que utiliza a culpa e o castigo como instrumentos normativos

A ilegalidade do aborto é uma violência contra as mulheres!
POR MIM, POR NÓS, PELAS OUTRAS!!!

XXXVI VIGÍLIA FEMINISTA
PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES
- 28/09/10
Comissão de Organização das Vigílias




sábado, 25 de setembro de 2010

Seminário "Realidades e Respostas à violência praticada contra as Mulheres"

A Diaconia e a Associação Menonita de Assistência Social (AMAS), convida você para participar do Seminário "Realidades e Respostas à violência praticada contra as Mulheres", que acontecerá nos dias 7 e 8 de outubro de 2010, na Igreja de Cristo no Centro, em Fortaleza/CE. 
O Seminário contará com as presenças do Pastor Carlos Queiroz e de Aileen Caroll e Sérgio Andrade, autores do livro "Até quando? o cuidado pastoral em contexto de violência contra a mulher praticada por parceiro íntimo", lançado pela editora Ultimato.
Seminário: "Realidades e Respostas à violência praticada contra as Mulheres"
Data: 07 e 08  de outubro de 2010, com início previsto às 20h
Local: Igreja de Cristo no Centro, em Fortaleza/CE (Rua Senador Pompeu, nº  2150 - Benfica)
Inscrições: Diaconia: (85) 3231.5292 ou 3252.6351 - Eliane: (85) 9969.5881 ou 8713.8102;
e ainda, Manoel (85) 8829.0242 
Maiores informações: fortaleza@diaconia.org.br

Lançamento da Campanha Ponto Final na Violência contra Mulheres e Meninas - BA

PONTO FINAL NA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E MENINAS
A Regional Bahia da Rede Nacional Feminista de Saúde, o IMAIS, o Grupo Impulsor da Rede de Atenção às Mulheres em Situação de Violência, o OBSERVE – Observatório da Lei Maria da Penha/ NEIM, o CEAFRO, o DIADORIM/UNEB, com o apoio da Câmara Municipal de Salvador
C O N V I D A M
As organizações e pessoas comprometidas com o enfrentamento à violência contra mulheres e meninas a participarem do lançamento da Campanha Ponto Final na Violência contra Mulheres e Meninas, cuja proposta é abordar a aceitação social desse tipo de violência, em todas as suas formas, focalizando a ação na mudança de padrões culturais. 
Dia 08 de outubro de 2010 (sexta) no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador às 19 h
Coordenação no Brasil – Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
Coordenação Geral - Rede de Saúde das Mulheres Latino-Americanas e do Caribe,  RHEG – Rede de Homens pela Equidade de Gênero e pela Agende - Ações de Gênero, Cidadania e Desenvolvimento e Coletivo Feminino Plural.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Inscrições para pesquisa nas áreas de relações de gênero, mulheres e feminismo terminam no dia 7 de outubro

Data: 22/09/2010
Sete milhões serão aplicados no intuito de estimular e fortalecer financeiramente projetos de pesquisa científica e tecnológica que visem a ampliar estudos nessa área

Os interessados em realizar pesquisa nas áreas de relações de gênero, mulheres e feminismos têm até o dia 7 de outubro para fazerem suas inscrições. Sete milhões serão aplicados no intuito de estimular e fortalecer financeiramente projetos de pesquisa científica e tecnológica que visem a ampliar estudos nessa área. As propostas aprovadas serão financiadas com recursos oriundos dos Fundos Setoriais e do Tesouro Nacional (FNDCT). Um dos objetivos é contemplar centros emergentes, pesquisadores em início de carreira, a distribuição regional de recursos e a intersecção com as seguintes abordagens: classe social, geração, raça, etnia e sexualidade.

O projeto é uma parceria da  Secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento (CNPq), e do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).

A parcela mínima de 30% dos recursos será destinada a projetos coordenados por pesquisadores vinculados a instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste. Uma porcentagem de 14% do será reservada a projetos que contemplem as relações de gênero, mulheres e feminismos em suas interseccionalidades com as temáticas da ruralidade, da reforma agrária, da agricultura familiar, das situações das mulheres do campo e da floresta, em áreas prioritárias de políticas públicas, como os territórios da cidadania.

Os recursos serão distribuídos a duas categorias. A "categoria Um" destina-se a projetos de até R$ 50 mil, cujo coordenador seja doutor há mais de cinco anos. Na "Dois", concorrem projetos de até R$ 25 mil realizados por grupos de pesquisa, cujo coordenador seja doutor há menos de cinco anos. Os projetos que forem apoiados deverão executar seus trabalhos em um prazo máximo de 24 meses.

O proponente deve possuir o título de doutor, ter seu currículo cadastrado na Plataforma Lattes, e ainda ter vínculo formal com a instituição de execução do projeto.  As propostas devem ser encaminhadas ao CNPq, exclusivamente, via Internet, por intermédio do Formulário de Propostas Online, disponível na "Plataforma Carlos Chagas".
 
Graça Cabral - (61)3411-4244
Assessora Técnica
Secretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas
Secretaria de Políticas para as Mulheres
Presidência da República

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Debate sobre Aborto - SC

(Clique na imagem para amplia-la)

Na proxima terça feira, 28 de setembro de 2010, Dia Latino-Americano pela Descriminalização do Aborto, o Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e o Nucleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) da UFSC organizam debate em torno do filme O preço De Uma Escolha, às 12hs no mini-auditorio do CFH-UFSC em Florianópolis.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ITEBA promove Debate "Mais mulheres no poder" - BA


Mulheres do Nordeste em Busca de Justiça e Autonomia Econômicas Solidária.

Debate: MAIS MULHERES NO PODER
              21 DE SETEMBRO  2010  TERÇA -FEIRA
Local: ITEBA - Rua Da Mangueira 73  Mouraria tel.30125787 -88218565
HORÁRIO- 18 HORAS

Prezada AMIGAS


O Núcleo Teológico Ecumênico de Estudos Feministas –YAMI – considerando que um de seus fundamentos é capacitar mulheres negras, índias para que possam atuar nos espaços acadêmicos, junto a grupos e movimentos populares, sob orientação étnico-racial e feminista, vem convidar você para uma conversa com Mulheres que estão na esfera do poder.

O YAMI, com esse projeto 2010 pretende fortalecer as iniciativas existentes, como também capacitar mulheres dessas comunidades envolvidas nessas ações e, iniciar uma campanha de sensibilização sobre a pobreza das mulheres negras, como também desenvolver e estimular a se lançarem nos partidos político e votarem e apoiarem mulheres canditadas EM TODOS AS ESFERAS DO PODER.

Mobilizando as mulheres que participaram na formação durante o período  de 2009 e 2011 a criação de redes, descobrindo, juntas, as formas, fazeres e saberes que possam mudar esse quadro de exclusão, invisibilidade e pobreza e falta de poder na esfera política.Vamos conversar com: A SRA.VALDECI NASCIMENTO SUPERITENDENTE DE POLITICAS PARA MULHER,DRA.SILVIA CERQUEIRA ANAADE ,E A DEPUTADA  ESTADUAL NEUZA CADORE .

Assim, gostaríamos convidar vocês para conversar sobre esses assuntos que podem decidir a  vida de todas nós mulheres.

SUA PRESENÇA SERÁ MUITO IMPORTANTE!
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Salvador, 12 setembro de 2010.

Um abraço,
Marlene Moreira da Silva
YAMI / ITEBA.




Rua da mangueira 73, Nazaré-Salvador-Ba yami.iteba@yahoo.com.br 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

8ª Feira de Saúde do Terreiro da Casa Branca - BA

CONVITE
  
O Ilê Axé Iyá Nassô Oká – Terreiro da Casa Branca, o Espaço Cultural Vovó Conceição, o Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira – INTECAB, da Secretaria Municipal de Saúde através da Assessoria de Promoção da Equidade Racial em Saúde, Molimmbra – Articulação de Mulheres Negras, o Grupo Hermes de Cultura e Promoção Social têm a honra de convidá-lo para participar da 8ª Feira de Saúde do Terreiro da Casa Branca, no dia 25 de setembro de 2010, a partir das 11:00 horas, na Praça de Oxum do Ilê, Av. Vasco da Gama, 465.
Este ano a Feira traz como tema do Seminário: “O Diálogo pelas Águas, a saúde das mulheres e as políticas para a população negra”" e contará com a presença dos candidatos aos diversos cargos eletivos comprometidos com estas temáticas.
Venha compartilhar conosco deste dia saudável, onde serão disponibilizados serviços de saúde como: aferição da pressão arterial e da glicemia, informações sobre DST/AIDS, atividades de saúde bucal, controle de zoonoses, participação especial do Projeto Ciência na Estrada, além de peças teatrais, rodas de capoeira, massoterapia, comidas gostosas e a GINCANA DA SAÚDE, protagonizada pelas crianças do Axé!
Seja bem vinda a nossa casa de saúde a Casa Branca!
Axé

Ekedy Sinha

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

COSDERIA promove Simpósio sobre Gênero no Egito

CODESRIA
Simpósio sobre o género 2010
Tema: Género, Migração e desenvolvimento socioeconómico em África
Data: 24-26 de Novembro de 2010
Lugar: Cairo, Egipto

De acordo com o seu mandato de promover um debate científico e académico de alto nível sobre os diferentes aspectos do desenvolvimento socioeconómico da África, o Conselho para o desenvolvimento da pesquisa em ciências socias em África (CODESRIA) organiza um simpósio sobre o género de 24 a 26 de Novembro de 2010 no Cairo (Egipto). O simpósio sobre o género é um fórum anual que estuda questões de género, e a edição de 2010 concentrar-se-á no tema Género, Migração e desenvolvimento socioeconómico em África.

Há mais de uma década, o Conselho dedica-se a promover a tomada em conta da dimensão género em todos os estudos realizados pelos seus grupos de pesquisa sobre vários aspectos do desenvolvimento socio-económico do continente. Ora, a migração tornou-se uma componente importante do processo de desenvolvimento da África. Os migrantes contribuem de maneira notável para o Produto Nacional Bruto pelas suas transferências monetárias que ultrapassam, para um certo número de  países, a Ajuda Pública ao Desenvolvimento ; têm também influência, sob várias formas, nos destinos dos seus países. Além disso, no contexto da globalização, a migração e o desenvolvimento tornaram-se processos interdependentes. São processos interligados apesar das políticas implementadas nos países de acolhimento para controlar os fluxos migratórios. Porém, a integração da migração na planificação do desenvolvimento de muitos países continua a fazer falta. Daí a importância de estudar a migração em estreita relação com o processo de desenvolvimento, e revelar as diferentes vertentes.

Compreender a dimensão género nos processos de migração e de desenvolvimento é um exercício ao mesmo tempo indispensável e urgente. Com efeito, embora o fenómeno da migração seja tão antigo como o mundo, e os estudos académicos sobre esse fenómeno não datem de hoje, só a partir dos meados dos anos oitenta é que os estudiosos envolveram-se numa abordagem sistémica que toma em conta a dimensão género. Durante esta década, as migrações femininas tiveram um aumento notáel ao nível internacional, chamando a atenção dos estudiosos, mas também das organizações internacionais. Segundo as estatísticas das Nações Unidas, em 2005, 49,6% dos migrantes internacionais, ou seja, 94,5 milhões de migrantes, eram mulheres. Com algumas excepções, (África e Ásia), as mulheres migrantes seriam maioritárias em relação aos migrantes. Uma procura crescente de mão de obra feminina nos países do Norte, transformações socioeconómicas rápidas e radicais nos países em desenvolvimento, a persistência e/ou a recrudescência dos conflitos em algumas regiões do globo, particularmente em África, constituem factores que contribuíram para essa expansão.

Por isso, os estudos e os debates sobre a relação entre género e migração multiplicam-se também. Mas as relações numerosas e complexas entre estes dois termos continuam a suscitar interrogações e preocupações nos estudiosos, nos universitários, nas organizações da sociedade civil, nomeadamente as de defesa dos direitos humanos, e nos políticos. A representação que essas organizações têm da noção de género e migração permaneceu durante muito tempo limitada por uma abordagem que vê a mulher migrante como uma « invisível », « passiva », « ignorante », e vítima « improdutiva » que não contribui para o desenvolvimento das economias nem do país de acolhimento, nem do país de origem, independentemente do seu nível de formação. A perspectiva começou a mudar com o aumento do número de estudos científicos sobre o lugar e o papel das diásporas femininas nas economias de origem e de acolhimento. Por isso, o simpósio deve ultrapassar essa abordagem que só vê a mulher migrante sob esse prisma de vítima, de uma pessoa mal ou não integrada no mercado do trabalho ou que sofre várias formas de discriminação, das quais a violação sexual é a mais grave. O simpósio deve interessar-se por novas dinâmicas causadas pelo facto de o estatuto e o perfil da emigração feminina terem mudado. Deve-se aproveitar a oportunidade para deitar um olhar crítico sobre as teorias e abordagens clássicas que permitiram compreender a migração, sobre os seus limites objectivos, sobre a incorporação progressiva das relações de género e do feminismo na percepção da complexidade do fenómeno da migração.

Se os estudos sobre a relação entre género, ou antes mulheres, e migração multiplicaram-se, os que mostram os vínculos entre género, migração e desenvolvimento são mais raras e sofrem alguns limites. Insistem mais na « feminização das migrações », compreendida como aumento numérico (quantitativo)  das mulheres migrantes, mas também como mudança de abordagens analíticas do fenómeno migratório pela inclusão da dimensão género, e/ou ainda como transformação do perfil da mulher migrante.  Ora, este simpósio tenciona interessar-se por essa relação muito complexa, articulando os três aspectos, o conceito de desenvolvimento devendo ser  compreendido em toda a sua complexidade e nas suas múltiplas dimensões. No caso da migração, o conceito de desenvolvimento deveria tomar em conta a contribuição das mulheres migrantes para a criação de riquezas, para o desenvolvimento socio-económico do país de acolhimento e/ou de origem. Mas, deveria também significar o desabrochamento da mulher migrante como ser social, um processo dinâmico que se traduz pelo crescimento, pelo progresso, pela responsabilização e pela promoção, e que visa multiplicar as capacidades e as possibilidades de opção que se apresentam ao indivíduo e criar um ambiente em que os cidadãos podem viver na dignidade e na igualdade. Segundo os peritos, a questão das consequências macroeconómicas da imigração permanece aberta porque é muito difícil encontrar dados estatísticos relevantes que permitiriam desenvolver modelos demo-económicos eficazes. No entanto, podem ser estabelecidas certezas sobre o facto de que o desenvolvimento transcende as fronteiras territoriais dos Estados, e que o processo assim provocado deve fazer progredir a produtividade e a criatividade, e fazer multiplicar as escolhas e as possibilidades oferecidas às gerações presentes e vindouras. A migração contribui para isso.
Estudos realizados há alguns anos mostraram que, no que diz respeito ao emprego, as situações revelam grandes desigualdades entre os homens migrantes e as mulheres migrantes em idade activa. A taxa de desemprego das mulheres migrantes, embora em regressão, seria geralmente mais alta do que a dos homens migrantes. E parece que se está a evoluir-se para uma situação em que a migração aumenta a autonomia e o poder económico e social das mulheres.    

A relação entre género, migração e desenvolvimento pode também ser analisada sob o ângulo do empowerment das mulheres. Alguns trabalhos na área perguntam-se se a migração feminina é um espaço de reforço do poder da mulher ou, antes, um espaço de dominação. A resposta não é simples, tendo em conta a complexidade das migrações internacionais contemporâneas. Com efeito, estas migrações têm um carácter ambivalente, e podem ser um espaço de reforço do poder das mulheres, como podem também ser um espaço de violação  e de abusos sexuais dos direitos fundamentais das mulheres envolvidas. Seja qual for o caso, pesquisas realizadas ultimamente devem incitar-nos a mudar a percepção que temos das mulheres emigradas da primeira geração, isto é, seres dependentes, portadoras de véus, vítimas da poligamia e de abusos sexuais, de casamentos obrigatórios, etc. A percepção ainda predominante, e que é preciso ultrapassar, ignora que o perfil de mulheres migradas tem evoluído e que a migração feminina revestiu-se de um certo número de características que variam em função das gerações, dos países de origem e da duração de estadia nos países de acolhimento.

Compreender a dimensão género da migração implica interessar-se também pelas relações de poder estabelecidas no seio das diferentes categorias de migrantes, entre migrantes de camadas sociais mais ricas e os oriundos das camadas sociais mais desfavorecidas. A relação género, migração e desenvolvimento revela-se também pelo facto de a « feminização da migração » ser observável sobretudo nos países economicamente mais avançados e, no que diz respeito ao destino, essa migração dirigir-se de preferência para os países mais ricos. Por assim dizer, questões de promoção social entre gerações de migrantes, de autonomia, de paridade, de emancipação estarão no centro do debate.

Os participantes no simpósio sobre o género 2010 do CODESRIA devem ter em conta as diferentes dimensões da problemática do género, migração e desenvolvimento, tentando responder às seguintes perguntas : como é que a divisão sexuada do mercado do trabalho é modificada com a chegada das mulheres, mas também de trabalhadores de outras nacionalidades ? Como é que os emigrantes afectam as estruturas dos serviços ? Qual é a relação entre as mulheres autóctones e as recém-chegadas em relação à problemática da mudança dos « papéis femininos » ? E muitas outras perguntas acima esboçadas.

Espera-se outras contribuições sobre subtemas acima mencionados ou outros identificados pelos estudiosos :
• Migração, género e desenvolvimento: teorias e abordagens
• A feminização das migrações africanas
• Migrações femininas, papel específico ao sexo e igualdade dos sexos
• Mulheres e migrações forçadas
• As migrantes africanas e as transferências monetárias
• Migração feminina e o tráfico de seres humanos
• Migração e a reconfiguração do mercado do trabalho
• Migração e empowerment das mulheres africanas
• Migração, género, cultura e religião
• Migração feminina e direitos humanos
• Mulher, migração e protecção social
• Género, migração e integração social
• Migração, género e cidadania
• As diásporas femininas, e a relação com os países de origem e de acolhimento
• O impacto nas mulheres da emigração dos homens 
• As mulheres migrantes e o espaço público dos países de origem e de acolhimento
• As redes de organizações das mulheres migrantes

O simpósio terá lugar no Cairo (Egipto) de 24 a 26 de Novembro de 2010. Convida-se os interessados a enviarem um resumo da sua contribuição até 15 de Setembro de 2010. No caso de aceitação do resumo, para apresentação, a contribuição completa deverá ser entregue ao CODESRIA até 18 de Outubro de 2010 para avaliação antes da confirmação da selecção definitiva pelo CODESRIA.

Para mais informações sobre o simpósio sobre o género 2010 ou para participar, contactar com o programa pelo seguinte endereço:

Symposium sur le genre 2010,
CODESRIA,
BP 3304, CP 18524 Dakar, Sénégal.
Tel: +221 – 33 825 98 22/23
Fax:+221- 33 824 12 89
E-mail: gender.symposium@codesria.sn
Site Web: http://www.codesria.org

Ângela Davis em Bogotá

Terça-feira 14 de setembro :

Conferência de Imprensa , exclusivamente para a mídia.
Para mais informações: escgenco_fchbog@unal.edu.co

La legendaria Angela Davis, en Bogotá

Feminismo negro : a teoria crítica, a violência eo racismo

Angela Davis e Gina Dent

Presidente Inaugural do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Gênero 2010


Quinta-feira 16 de setembro

Palestra: " Racismo e da prisão do Estado complexo industrial "
Liderado por Angela Davis
Local: Auditorio León de Greiff . Universidad Nacional de Colombia
Hora: 05:00

Sexta-feira 17 de setembro

Keynote Address: " Dilemas do conceptual Black Feminism
Apresentado por Gina Dent
Local: Auditorio León de Greiff . Universidad Nacional de Colombia
Hora: 05:00

Segunda-feira 13 de setembro

Cultural homenagem a Angela Davis
Local: Teatro ECCI
Hora: 05:00
Entrada por convite

As palestras são entrada gratuita , mas sujeita a inscrição prévia .
Você pode se cadastrar preenchendo o formulário abaixo :

Convites :

ESCOLA DE ESTUDOS DE GÊNERO

Com o apoio de:

Na Universidade Nacional da Colômbia ,
Faculdade de Ciências Humanas - Master of Antrolopogía , Estudos Culturais e da Sociologia - Centro de Estudos Sociais (ESC) - Instituto de Estudos Políticos e Relações Internacionais ( IEPRI )

Outras entidades
População do Ministério da Cultura
Subgerente Cultural do Banco da República
Direcção dos Direitos Humanos e Apoio à Justiça - Secretaria de Governo
Mulheres de Gestão e Sexo , IDPAC
Agência Espanhola de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional - AECI

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Curso de extensão “O racismo e suas articulações de gênero, classe e sexualidade na pós-colonialidade latinoamericana e caribenha”

(Clique na imagem para centraliza-la)

Docente:
Yuderkys Espinosa-Miñoso
GLEFAS/Grupo de Investigación Feminismos Contra-hegemónicos da UBA/Instituto Interdisciplinario de Estudios de Género, FFyL, Universidade de Buenos Aires.
  
Dirigido para:
Estudantes e profissionais das ciências sociais e humanas, ativistas e acadêmicas dos movimentos feministas, anti-racistas, sociosexuais (LGTTBI), público em geral.

Duração:
5  dias de 4 horas/aula Total 20 horas                   

Apresentação
O curso que apresentamos objetiva oferecer um olhar ao fenômeno do racismo nas sociedades latinoamericanas de hoje a partir de uma revisão dos fundamentos que sustentam e promovem uma ideologia racista dominante na configuração mesma da América Latina como região em processo de construir-se a si mesma dentro do ideal moderno euronortecêntrico.

O programa está dirigido para formar uma consciência do racismo operando no interior das práticas emancipadoras e das concepções ocidentais que a sustentam; e da luta levada a cabo pelo movimento anti-racista, a nível geral, e pelo movimento de mulheres afrodescendentes, em particular, em sua evolução histórica, explicitando a forma com que estes movimentos se inserem e ao mesmo tempo questionam os limites das categorias universais do sujeito da modernidade.

A intenção é a de construir um espaço para a reflexão feminista acerca de como categorias como classe, raça, gênero e sexualidade se interrelacionam na constituição da trama de poder que constrói e oprime os corpos feminizados tornando complexa e múltipla a experiência de subordinação das “mulheres”.

Propomos trabalhar o racismo como fenômeno social em sua interrelação com outras variáveis de subordinação das mulheres porque:
1.    Sendo Latinoamérica um continente colonizado e marcado desde a fundação mesma dos estados nacionais por uma política racista e euronorcêntrica que a atravessou as diferentes classes sociais e os condicionantes de gênero, é motivo de preocupação que a luta anti-racista tenha sido e continue ausente da teoría e da prática feminista hegemônica.
2.    É urgente identificar as novas formas do racismo inerentes ao patriarcado capitalista em sua etapa neoliberal nos contextos latinoamericanos.
3.    O aumento das migrações e, concomitantemente, o crescimento da direita e dos nacionalismos, reatualizan o racismo como ideologia dominante na concepção do Estado e do direito `a cidadania.
4.    Em um momento como o atual em que a política de identidade foi fortemente questionada, se faz necessário repensar as consequências desse questionamiento e assumir os   desafios que tem pela frente o feminismo como movimento social.

Objetivos.
1.    Analisar desde uma perspectiva historiográfica a instalación do racismo na conformação das sociedades latinoamericanas e seus efeitos na vida das mulheres.
2.    Desenvolver um corpus teórico conceitual que contribua para a elaboração de ferramentas de análise através das quais se possa propor explicações mais adequadas do processos de subordinação das mulheres latinoamericanas e caribenhas no contexto atual.
3.    Revisão da categoría de gênero e dos processos de questionamentos aos quais tem sido submetida explicitando os vieses racista, classistas e heterocentristas.
4.    Contribuir para a elaboração de estratégias para a prática política feminista que considere a inter-relação entre os diferentes sistemas de opressão que incidem sobre as mulheres latinoamericanas e caribenhas.

Metodología.
As sessões se desenvolvem mediante exposições da docente e debates abertos entre as e os participantes a partir das leituras pré-definidas. Como parte do programa é contemplada a realização de um painel com ativistas convidadas que estejam trabalhando na temática.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

UNEB combatendo a homofobia - BA

O Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade Diadorim, da Universidade do Estado da Bahia, estará realizando um conjunto de atividades ligadas ao enfrentamento da violência contra os sujeitos LGBTTTI, integrando o projeto “A UNEB combatendo a Homofobia”, em articulação com outros três Núcleos da Pró-Reitoria de Extensão da UNEB: Núcleo de Ética e Cidadania (NUEC), Núcleo de Artes (NART) e Núcleo de Atividade Física, Esporte e Lazer (NAFEL). Essas atividades visam facultar ao corpo discente e docente da UNEB, bem como aos da rede estadual de ensino da Bahia e da rede municipal de Salvador, a possibilidade de ouvir e debater com pesquisadores/as cuja produção e interesse acadêmico versam sobre a reprodução/enfrentamento da exclusão por conta de uma orientação sexual tida como desviante.

AÇÕES PREVISTAS
1 - Mostra fotográfica da memória da participação da UNEB/Diadorim nas paradas Gays de Salvador. Do dia 08 a 10/09, Foyer do Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador. A amostra seguirá em itinerancia para os demais campi da UNEB

2 – Lançamento do Observatório Virtual para a Denúncia de Violências na UNEB que tenham por base os marcadores de Gênero, Orientação Sexual e Etnicorracial. Dia: 10/09, às 09:00h, Auditório do Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador

3 - Colóquio Combatendo a Homofobia, com pesquisadores de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia – Detalhamento no fim do texto.

4 - Jogos da Diversidade, que será realizado no Campus I da UNEB (Cabula). Será um sábado lúdico integrativo, no dia anterior a Parada, tendo o esporte como eixo aglutinador, integrando a comunidade LGBTTTI e movimentos sociais diversos numa atividade prazerosa. Dia: 11/09, das 09:00h às 12:00h, Quadras Desportivas do Campus I - Cabula

5 - Trio Elétrico de Prevenção à Saúde e Combate a Homofobia, que sairá na Parada Gay de Salvador, no dia 12/09.

6 - Pesquisa na Parada Gay de Salvador, focada em aspectos concernentes à Política, Direitos, Violência e Homossexualidade., no dia 12/09


Programação do Colóquio


9:00h às 12:00h
Mesa: (Des)Identificações sexuais

Profª Dra. Laura Moutinho - Universidade de São Paulo (USP)
Tema:  Entre a exclusão, o reconhecimento e a negociação: lesbiandade e raça em uma perspectiva comparada internacional

Prof. Dr. Luiz Mott - Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Grupo Gay da Bahia (GGB)
Tema: Panorama sobre a Homofobia no Brasil

Prof. Dr. Luiz Felipe Rios - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Tema: Adão e Ivo: homossexualidade na visão de leigos e clérigos católicos

Mediação: Mitchele Meira Benevides
Coordenadora Geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais LGBT, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República

13:30 às 15:30
Mesa: Outros sexos, outras vivências

Prof. Dr. Guilherme Almeida - Universidade Federal Fluminense (UFF)
Tema: O arco-íris no gabinete? Respostas públicas às minorias sexuais

Profa. Dra Isabel Maria Sampaio Oliveira Lima - Universidade Católica do Salvador (UCSAL)
Tema: Direito à Saúde da criança e do jovem intersexo

Mediação: Keila Simpson
Presidente da Articulação Nacional de Travestis,Transexuais e Trânsgenero (ANTRA)

ONDE?: Auditório do Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador
Endereço: Praça Thomé de Souza, s/n - Centro (Praça Municipal)

QUANDO? Dia: 10 de setembro de 2010, Sexta-Feira.

QUAL O HORÁRIO?  Das 9:00h às 12:00h   e  das 13:30 às 15:30 h

Haverá certificação para os professores da rede estadual e municipal de ensino, e para os estudantes que se inscreverem antecipadamente.

Inscrição pelo e-mail unebcombatendohomofobia@gmail.com. Enviar:
·         Nome completo
·         Instituição
·         Categoria (professor/a, estudante, movimento social)

Haverá sorteio de camisas da Campanha Diadorim 2010

9ª Parada Gay de Salvador - BA

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9ª Parada Gay de Salvador - BA
12/09/10 - Domingo - 11:00h
Campo Grande
Grupo Gay da Bahia

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Universidade Fora do Armário discute diversidade sexual nas universidades de Salvador - BA

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De 08 a 11 de setembro, ocorre na Universidade Federal da Bahia – UFBA, o 4º Universidade Fora do Armário - UFA! Com o tema Academia e Militância: Construindo políticas LGBT na Universidade, o seminário debaterá os rumos necessários para a construção de políticas LGBT na Universidade, dialogando com diversos atores do movimento social, bem como das esferas públicas e privadas.
O seminário contará com a presença de militantes do movimento LGBT brasileiro, como o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros - ABGLT, Toni Reis, que participará da mesa de abertura, programada para a quarta-feira (08), às 17h, na Faculdade de Educação da UFBA. Também participam do evento, Rafaelly Wiest, do Grupo Dignidade do Paraná; Vitor de Wolf, membro do GT LGBT do MEC; e Ridina Mota, primeira Diretora LGBT da UNE.
Este ano, o seminário é realizado pelo Coletivo Universitário de Diversidade Sexual (KIU!) em parceria com a Associação Beco das Cores e o Diretório Central de Estudantes da UFBA (Gestão Primavera nos Dentes). A frente da primeira diretoria LGBT do DCE da UFBA, Rafael Pedral, destaca a pioneirismo das ações do Coletivo KIU! “Este 4º Universidade Fora do Armário, assim como a diretoria LGBT do DCE, em sua primeira gestão, são um marco no movimento LGBT de dentro e fora da universidade”, ressalta Pedral.
O 4º UFA! discute nas universidades baianas sobre a necessidade de se aliar a pesquisa acadêmica e militância LGBT no combate as variadas formas de violência homofóbica dentro e fora do sistema educacional. “Acreditamos no ambiente universitário como um espaço fundamental de desconstrução de paradigmas e ressignificações de conceitos e práticas, visando construir uma universidade, bem como uma sociedade, onde a livre expressão da afetividade humana, bem como a sua diversidade, seja um valor preservado e cultivado entre todas e todos”, defende o ativista do Coletivo KIU! e estudante de Gênero e Diversidade da UFBA, Vínicius Alves.
Para pedagoga e militante da Associação Beco das Cores, Taisa Ferreira, "o papel da educação é essencial no combate a todas as formas de opressão. É necessário o desenvolvimento de ações que promovam a construção de uma sociedade justa e equânime e que garantam os direitos humanos".
Neste ano, a quarta edição do seminário, traz a proposta de ampliar e interiorizar ainda mais as unidades onde acontecem os debates do UFA! De 30 de agosto a 03 de setembro, ocorreu o UFA! No Interior, onde o seminário percorreu universidades do interior do estado debatendo a diversidade sexual nos campus da UNEB de Teixeira e Itaberaba e na UESC. Em Salvador, além da UFBA, ainda acontecerão atividades na UNIJORGE.
As atividades que acontecem no período anterior a “Parada Gay da Bahia”, programada para o dia 12 de setembro, se unem a diversas iniciativas nacionais. Na quinta-feira, às 14h, ocorrerá na Faculdade Comunicação da UFBA o Lançamento do Manual de Comunicação da ABGLT, um guia para a comunicação sobre como se deve tratar às pautas LGBT na mídia, com vista ao respeito dos direitos humanos.
Parada da UFBA - Na sexta-feira, dia 10 de setembro, a UFBA vai tremer sobre as vozes de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e aliados universitários gritando não a homofobia na I Parada pela Diversidade Sexual da UFBA. O evento faz parte da programação do IV Universidade Fora do Armário (UFA!) e tem por objetivo marcar um momento de protesto durante o seminário.
A concentração para a I Parada acontecerá na Escola Politécnica da UFBA, a partir das 14h, depois seguirá pelas ruas da Federação, descerá por Arquitetura, passará pelo Instituto de Física, Química, descerá para o PAF I, passará por Biologia, FACOM, Letras, terminando no PAFIII com o lançamento da campanha TEM MULHERES NA PARADA! - Pela Abolição da Violência Contra a Mulher Homoafetiva.
A programação segue em anexo.
Mais informações: http://www.quartoufa.blogspot.com/

Assessoria de Comunicação
71 9926-7681
71 8186-7346

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cartilha chama atenção para casos de violência contra mulheres

Por Karol Assunção *

No ano passado, de acordo com informações da Rede de Mulheres contra a Violência, 79 mulheres foram assassinadas por seus (ex-) companheiros na Nicarágua. A situação é grave e preocupante. Para chamar atenção da sociedade para o aumento da violência contra mulheres, meninos e meninas e tentar mudar essa realidade, a Fundação Pontos de Encontro para Transformar a Vida Cotidiana elaborou a cartilha “Podemos viver sem violência”.
Baseado nos resultados da pesquisa “Prevenindo a violência com meninas, meninos, adolescentes e jovens em Ciudad Sandino e Malpaisillo” – realizada entre novembro de 2009 e abril deste ano -, o suplemento tem o objetivo de incentivar a população a refletir sobre a violência e buscar formas de erradicá-la.

“É muito importante que todas e todos possamos reconhecer que todo tipo de maltrato é violência e que produz enormes danos ao desenvolvimento das pessoas e de toda a sociedade. O autoritarismo e a violência reprimem o direito e a capacidade de pensar e atuar das pessoas. Precisa erradicá-los de nós mesmos/as e da sociedade inteira”, comenta.
Na cartilha, a Fundação destaca o aumento de casos de feminicídios no país. De acordo com o suplemento, cinco de cada dez mulheres casadas na Nicarágua afirmaram já ter sofrido abuso verbal ou psicológico por parte de seu marido ou antigo companheiro. Além disso, três de cada dez comentaram que sofreram violência física e uma de cada dez já foi vítima de violência sexual.
A cartilha informa que, a cada dez casos registrados na polícia como violência intrafamiliar, nove aconteceram contra mulheres. “Em meninas e meninos menores de 10 anos que foram vítimas de violência intrafamiliar, as quantidades são parecidas, no entanto, o risco das meninas sofrerem violência aumenta à medida que vão crescendo”, acrescenta.
Prova disso é o que revela o suplemento com base em dados de 2005. De acordo com o texto, naquele ano, para cada menino entre 11 e 15 anos vítima de violência intrafamiliar, três meninas haviam sofrido o mesmo tipo de agressão. Entre 16 e 20 anos, sete meninas foram agredidas enquanto somente um rapaz passou pela mesma situação. E, para cada jovem entre 21 e 25 anos, 14 mulheres de idade semelhante sofreram violência.
“Existe um clima de violência generalizada. Destaca-se a violência contra as mulheres e é comum o assédio e a violação sexual. As mulheres jovens são as mais agredidas quando andam pela rua, e mais ainda quando não andam com um homem. Isto limita sua liberdade de movimento e desenvolvimento, pois se faz mais difícil sair para estudar, entreter-se ou participar de outras atividades sociais fora de casa”, constata.
De acordo com a cartilha, o machismo e o poder desigual que a sociedade dá aos adultos sobre as crianças ainda faz com que muitas pessoas utilizem a violência, pois acreditam que a mulher ou a criança (em relação aos pais) são “propriedades” deles. Para a cartilha, é importante que as pessoas reflitam sobre a questão de gênero, violência e sexualidade para, assim, saber reconhecer os diferentes tipos e consequências da violência e tentar combatê-la.


* Jornalista da Adital

Intercambio Tecnológico Feminista, no Uruguai

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