Acontece nesta 3ª feira, dia 29, a 2ª Vigília Feminista pelo Fim da Violência contra as Mulheres,
na Estação Central da Lapa, em Salvador, a partir das 17h30. Essa
vigília também tem como intuito lembrar a data do dia 28 de maio, Dia
Nacional de Redução da Mortalidade Materna e Dia Internacional de Ação
pela Saúde das Mulheres.
De acordo com as Nações
Unidas, em todo o mundo, cerca de 536 mil mulheres e meninas morrem por
ano de complicações relacionadas à gestação e ao parto. Isto significa
que são mais de 1.400 mortes por dia. No Brasil, a morte materna –
define-se morte matrena durante a gravidez, o aborto e o pós-parto
precoce (até 42 dias) ou tardio (de 42 dias até um ano) – é uma das 10
principais causas de óbito entre mulheres de 10 a 49 anos. Segundo dados
do Ministério da Saúde a razão dessas mortes foi de 68 óbitos por 100
mil nascidos vivos. Porém, a recomendação da Organização Mundial de
Saúde é que haja, no máximo, 20 casos de morte materna a cada 100 mil
nascidos vivos.
As mulheres estão morrendo
dentro dos hospitais por sofrerem maus tratos, racismo e outras formas
de violência institucional nas unidades de saúde. Em todo o mundo, mais
de 90% das mortes maternas poderia ser evitadas e no Brasil mais de 70%
das mortes são decorrentes de omissões, intervenções ou tratamento
incorreto. Cerca de um milhão de crianças ficam órfãs a cada ano e essas
criaças têm risco de 3 a 10 vezes maior de morrer antes de completarem
dois anos do que aquelas que vivem com suas mães.
Para assegurar o direito à
atenção humanizada e não discriminatória existe no país a Lei
11.108/2005 ou a Lei de Acompanhamento que garante o direito da mulher
grávida a ser acompanha durante o pré-parto, o parto e o pós-parto. A
escolha dessa pessoa fica a critério da gestante e deve ser
respeitada.
As principais causas da
mortalidade materna são: a hipertensão arterial, a hemorragia, as
complicações decorrentes do aborto realizado em condições inseguras e a
infecção pós-parto. Para promover uma redução nesse quadro é necessário
estimular a participação dos conselhos estaduais e municipais de saúde
na definição de conteúdos e estruturação do Pacto Nacional, além de
qualificar e humanizar a atenção ao parto, ao nascimento e ao aborto
legal e garantir que mulheres e recém-nascidos não sejam recusados nos
serviços de saúde e que sejam assistidos até a transferência para outra
unidade.
Essas mortes são o retrato
da exclusão social de uma parte importante da população feminina, onde
morrem as mais pobres, mais jovens, de menor escolarização, menor renda e
usuárias do SUS. As mulheres negras morrem, em média, três vezes mais
que as brancas. Na luta contra a mortalidade materna e pelo fim da
violência contra as mulheres essa vigília tem a organização das
seguintes entidades: Articulação Nacional de Negras Jovens Feministas,
CEAFRO/UFBa – educação para igualdade racial e de gênero, Coletivo de
Mulheres do Calafate, Estação da Lapa (administração), IMAIS,
Observatório da Equidade Racial, Odara – Instituto da Mulher Negra e da
Rede Feminista de Saúde – Regional Bahia.
SERVIÇO
O Quê: 2ª Vigília Feminista pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Quando: 29 de maio de 2012
Onde: Estação Central da Lapa
Horário: 17h30min
Entrada Franca
Mais informações através dos contatos abaixo.
Organização da Vigília
Emanuelle Góes: (71) 9137-1309
Louisa Huber: (71) 8852-0024
Ass. Comunicação do CEAFRO
Camila de Moraes (71) 8127-7035
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