As mulheres saíram às ruas com o objetivo de reafirmar a autodeterminação sobre os seus corpos e para combater a sociedade androcêntrica, que privilegia o discurso masculino, que não empodera as mulheres, as educa a serem tratadas como objeto sexual e a aceitarem em silêncio a impunidade de agressores.
Pela 2a vez saímos na...s ruas de Salvador da Bahia, ocupando o espaço público. Saímos no desfile do 2 de Julho- Independência da Bahia, da Lapinha ao Campo Grande, protestando contra todas as formas de repressão sexual e denunciando todas as formas de violência psicológica, moral, física,sexual e patrimonial, visando desconstruir as manipulações dos discursos hegemônicos dos aparelhos de dominação do Estado de que nós mulheres somos culpadas pelos estupros que sofremos.
Marchamos para combater a violência cometida contra as mulheres no nosso Estado! As estatísticas provam que hoje a Bahia desponta em 3º lugar em violência doméstica, no âmbito nacional e em número de chamadas ao Serviço 180.
Segundo dados da DEAM (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) só no primeiro mês de 2011 foram registrados 733 ocorrências policiais relativos a crimes praticados contra a mulher, isso significa que 22 mulheres, em média, são agredidas diariamente. O que abrange desde ameaças até lesões corporais, espancamentos e estupros. Dado considerado alarmante segundo os órgãos de segurança pública e de saúde.
Marchamos pela efetividade da Lei Maria da Penha 11.340/06, que este ano completa 5 anos de sanção e que precisa ser integralmente aplicada.
A MARCHA DAS VADIAS acontece, porque somos chamadas de vadias todos os dias por usarmos roupas curtas, por transarmos antes do casamento e por lutarmos por respeito, justiça, liberdade e garantia de nossos direitos. Já fomos chamadas de vadias por sermos divorciadas, por simplesmente dizermos “não” a um homem, e ainda hoje somos chamadas de vadias por sofrermos estupro. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.
Chamam-nos de vadias por ousarmos desafiar esta lógica pré-estabelecida há séculos pelo discurso machista dominante, imposta por uma cultura que subordina as mulheres, e moldada sobre os alicerces patriarcais de nossa sociedade. Somos protagonistas basilares das conquistas de todos os nossos direitos e de instrumentos e estruturas políticas importantes de enfrentamento e combate à violência de gênero.
Entretanto, alterar as leis, criar mecanismos de proteção, fazer denúncias ainda não acabou com o “costume” de matar, agredir, humilhar, abusar, explorar suas companheiras, esposas, filhas, irmãs... enfim mulheres e meninas.
Por isso nós marchamos!
Para prevenir a violência, pela igualdade de gênero em todos os espaços, pelo direito à voz e à participação política, pelo capacidade de assumirmos o comando de nossas vidas e de nossos corpos, pela liberdade de ir e vir com segurança, pelo direito de dizer SIM ou NÃO em todas as relações, sem sofrermos qualquer tipo de rotulação, discriminação ou preconceito.
Nós marchamos, pois infelizmente a violência contra as mulheres é um fenômeno mundial e nos atingem em todas as idades, etnias, classes sociais, raças, gerações e nacionalidades. Marchamos por aquelas que sofreram ou sofrerão algum tipo de violência ao longo da vida, seja simbólica, psicológica, física ou sexual.
Quais as reivindicações priorizadas pela Marcha das Vadias de Salvador :
Políticas públicas para mulheres;
Descriminalização e legalização do aborto;
Parto humanizado;
Efetivação da Lei Maria da Penha;
Reestruturação e ampliação da casa-abrigo;
Ampliação do orçamento público para atender às mulheres;
Estado Laico (liberdade de crença religiosa);
Proteção às mulheres carcerárias;
Inclusão do kit homofobia nas escolas;
Educação com recorte de gênero para irmos desconstruindo o machismo.
Estamos reivindicando, principalmente, o direito de decidirmos sobre os nossos corpos e sobre a nossa vida. De termos condições materiais, psicológicas, afetivas de sermos mulheres!
Tomaremos as ruas para sermos reconhecidas como MULHERES, como pessoas LIVRES e IGUAIS. Somos fortes, somos donas de nós mesmas, somos capazes. Não importa se nos chamam de vadias ou vagabundas, temos o direito de agir, de nos vestir e de nos expormos do jeito que desejarmos. Somos mães, filhas, irmãs, cidadãs, aprendizes. Somos LIVRES!
E a partir de agora, mexeu com uma; mexeu com todas!
Pela 2a vez saímos na...s ruas de Salvador da Bahia, ocupando o espaço público. Saímos no desfile do 2 de Julho- Independência da Bahia, da Lapinha ao Campo Grande, protestando contra todas as formas de repressão sexual e denunciando todas as formas de violência psicológica, moral, física,sexual e patrimonial, visando desconstruir as manipulações dos discursos hegemônicos dos aparelhos de dominação do Estado de que nós mulheres somos culpadas pelos estupros que sofremos.
Marchamos para combater a violência cometida contra as mulheres no nosso Estado! As estatísticas provam que hoje a Bahia desponta em 3º lugar em violência doméstica, no âmbito nacional e em número de chamadas ao Serviço 180.
Segundo dados da DEAM (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) só no primeiro mês de 2011 foram registrados 733 ocorrências policiais relativos a crimes praticados contra a mulher, isso significa que 22 mulheres, em média, são agredidas diariamente. O que abrange desde ameaças até lesões corporais, espancamentos e estupros. Dado considerado alarmante segundo os órgãos de segurança pública e de saúde.
Marchamos pela efetividade da Lei Maria da Penha 11.340/06, que este ano completa 5 anos de sanção e que precisa ser integralmente aplicada.
A MARCHA DAS VADIAS acontece, porque somos chamadas de vadias todos os dias por usarmos roupas curtas, por transarmos antes do casamento e por lutarmos por respeito, justiça, liberdade e garantia de nossos direitos. Já fomos chamadas de vadias por sermos divorciadas, por simplesmente dizermos “não” a um homem, e ainda hoje somos chamadas de vadias por sofrermos estupro. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.
Chamam-nos de vadias por ousarmos desafiar esta lógica pré-estabelecida há séculos pelo discurso machista dominante, imposta por uma cultura que subordina as mulheres, e moldada sobre os alicerces patriarcais de nossa sociedade. Somos protagonistas basilares das conquistas de todos os nossos direitos e de instrumentos e estruturas políticas importantes de enfrentamento e combate à violência de gênero.
Entretanto, alterar as leis, criar mecanismos de proteção, fazer denúncias ainda não acabou com o “costume” de matar, agredir, humilhar, abusar, explorar suas companheiras, esposas, filhas, irmãs... enfim mulheres e meninas.
Por isso nós marchamos!
Para prevenir a violência, pela igualdade de gênero em todos os espaços, pelo direito à voz e à participação política, pelo capacidade de assumirmos o comando de nossas vidas e de nossos corpos, pela liberdade de ir e vir com segurança, pelo direito de dizer SIM ou NÃO em todas as relações, sem sofrermos qualquer tipo de rotulação, discriminação ou preconceito.
Nós marchamos, pois infelizmente a violência contra as mulheres é um fenômeno mundial e nos atingem em todas as idades, etnias, classes sociais, raças, gerações e nacionalidades. Marchamos por aquelas que sofreram ou sofrerão algum tipo de violência ao longo da vida, seja simbólica, psicológica, física ou sexual.
Quais as reivindicações priorizadas pela Marcha das Vadias de Salvador :
Políticas públicas para mulheres;
Descriminalização e legalização do aborto;
Parto humanizado;
Efetivação da Lei Maria da Penha;
Reestruturação e ampliação da casa-abrigo;
Ampliação do orçamento público para atender às mulheres;
Estado Laico (liberdade de crença religiosa);
Proteção às mulheres carcerárias;
Inclusão do kit homofobia nas escolas;
Educação com recorte de gênero para irmos desconstruindo o machismo.
Estamos reivindicando, principalmente, o direito de decidirmos sobre os nossos corpos e sobre a nossa vida. De termos condições materiais, psicológicas, afetivas de sermos mulheres!
Tomaremos as ruas para sermos reconhecidas como MULHERES, como pessoas LIVRES e IGUAIS. Somos fortes, somos donas de nós mesmas, somos capazes. Não importa se nos chamam de vadias ou vagabundas, temos o direito de agir, de nos vestir e de nos expormos do jeito que desejarmos. Somos mães, filhas, irmãs, cidadãs, aprendizes. Somos LIVRES!
E a partir de agora, mexeu com uma; mexeu com todas!
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