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Yuderkys Espinosa-Miñoso
GLEFAS/Grupo de Investigación Feminismos Contra-hegemónicos da UBA/Instituto Interdisciplinario de Estudios de Género, FFyL, Universidade de Buenos Aires.
Dirigido para:
Estudantes e profissionais das ciências sociais e humanas, ativistas e acadêmicas dos movimentos feministas, anti-racistas, sociosexuais (LGTTBI), público em geral.
Duração:
5 dias de 4 horas/aula Total 20 horas
Apresentação
O curso que apresentamos objetiva oferecer um olhar ao fenômeno do racismo nas sociedades latinoamericanas de hoje a partir de uma revisão dos fundamentos que sustentam e promovem uma ideologia racista dominante na configuração mesma da América Latina como região em processo de construir-se a si mesma dentro do ideal moderno euronortecêntrico.
O programa está dirigido para formar uma consciência do racismo operando no interior das práticas emancipadoras e das concepções ocidentais que a sustentam; e da luta levada a cabo pelo movimento anti-racista, a nível geral, e pelo movimento de mulheres afrodescendentes, em particular, em sua evolução histórica, explicitando a forma com que estes movimentos se inserem e ao mesmo tempo questionam os limites das categorias universais do sujeito da modernidade.
A intenção é a de construir um espaço para a reflexão feminista acerca de como categorias como classe, raça, gênero e sexualidade se interrelacionam na constituição da trama de poder que constrói e oprime os corpos feminizados tornando complexa e múltipla a experiência de subordinação das “mulheres”.
Propomos trabalhar o racismo como fenômeno social em sua interrelação com outras variáveis de subordinação das mulheres porque:
1. Sendo Latinoamérica um continente colonizado e marcado desde a fundação mesma dos estados nacionais por uma política racista e euronorcêntrica que a atravessou as diferentes classes sociais e os condicionantes de gênero, é motivo de preocupação que a luta anti-racista tenha sido e continue ausente da teoría e da prática feminista hegemônica.
2. É urgente identificar as novas formas do racismo inerentes ao patriarcado capitalista em sua etapa neoliberal nos contextos latinoamericanos.
3. O aumento das migrações e, concomitantemente, o crescimento da direita e dos nacionalismos, reatualizan o racismo como ideologia dominante na concepção do Estado e do direito `a cidadania.
4. Em um momento como o atual em que a política de identidade foi fortemente questionada, se faz necessário repensar as consequências desse questionamiento e assumir os desafios que tem pela frente o feminismo como movimento social.
Objetivos.
1. Analisar desde uma perspectiva historiográfica a instalación do racismo na conformação das sociedades latinoamericanas e seus efeitos na vida das mulheres.
2. Desenvolver um corpus teórico conceitual que contribua para a elaboração de ferramentas de análise através das quais se possa propor explicações mais adequadas do processos de subordinação das mulheres latinoamericanas e caribenhas no contexto atual.
3. Revisão da categoría de gênero e dos processos de questionamentos aos quais tem sido submetida explicitando os vieses racista, classistas e heterocentristas.
4. Contribuir para a elaboração de estratégias para a prática política feminista que considere a inter-relação entre os diferentes sistemas de opressão que incidem sobre as mulheres latinoamericanas e caribenhas.
Metodología.
As sessões se desenvolvem mediante exposições da docente e debates abertos entre as e os participantes a partir das leituras pré-definidas. Como parte do programa é contemplada a realização de um painel com ativistas convidadas que estejam trabalhando na temática.
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