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domingo, 2 de julho de 2017

Produção teórica de feministas negras: Sueli Carneiro

Aparecida Sueli CARNEIRO. A Construção do Outro como Não-Ser como fundamento do Ser. FEUSP, 2005. (Tese de doutorado)

Esta tese consiste numa aplicação dos conceitos de dispositivo e de biopoder elaborados por Michel Foucault ao domínio das relações raciais. É um estudo de cunho reflexivo especulativo com o qual pretende-se averiguar a potencialidade daqueles conceitos para a apreensão e análise da dinâmica das relações raciais no Brasil. Para tanto construímos, a partir deles, a noção de dispositivo de racialidade/biopoder com a qual buscamos dar conta de um duplo processo: da produção social e cultural da eleição e subordinação racial e dos processos de produção de vitalismo e morte informados pela filiação racial. Da articulação do dispositivo de racialidade ao biopoder emerge um mecanismo específico que compartilha da natureza dessas duas tecnologias de poder: o epistemicídio, que coloca em questão o lugar da educação na reprodução de poderes, saberes, subjetividades e “cídios” que o dispositivo de racialidade/biopoder produz. O que se intenta nesse trabalho é inscrever a problemática racial no campo analítico dos conceitos de dispositivo e do biopoder tal como formulados por Foucault, privilegiando discursos, práticas e resistências que o dispositivo de racialidade/biopoder produz e reproduz com foco na dimensão epistemicida que ele contêm.

Aparecida Sueli CARNEIRO – The construction of the Other as No-Being as Being foundation

Abstract

This work consists of an application of the notions of dispositif and biopower as presented by Michel Foucault in the context of racial relationships. It is a study of a reflexive and speculative character whose purpose is to investigate the potential use of these concepts to apprehend and analyse the dynamics of racial relationships in Brazil. With a view to that, we constructed, from them, the notion of the raciality/biopower dispositif with which we tried to comprehend a double process: of social and cultural production of selection and racial subordination, and of forms of production of vitalism and death informed by racial affiliation. From the articulation of the dispositif of raciality to biopower rises out a specific mechanism that shares the nature of these two power technologies: epistemicide, that questions the role of education in the reproduction of powers, knowings, subjectivities and “cides” produced by the dispositif of raciality/power. The purpose of this work is to inscribe the racial problematic into the analytical field of the concepts of dispositif and biopower as formulated by Foucault, emphasizing discourses, practices and resistances produced and reproduced by the dispositif of raciality/power focused on the epistemicide dimension of raciality/power it has. 

Uniterms: dispositif and race, raciality and education, biopower and race, race and epistemicide, resistances and education.

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