Esta tese pretende discutir os aspectos relacionados com as escolhas afetivas e significados de solidão entre mulheres negras em Salvador, Bahia, tendo em vista, particularmente, os critérios de raça e gênero. Para tanto, selecionei como recorte empírico, dois conjuntos de mulheres negras sem parceiros fixos: o primeiro, constitui-se de ativistas políticas, integrantes do movimento de mulheres negras e / ou do movimento negro; e o segundo, de mulheres não ativistas. Foram selecionadas 25 mulheres de vários segmentos sociais, tais como: trabalhadoras domésticas, professoras, intelectuais, trabalhadoras autônomas. A escolha desse objeto de estudo está baseada em alguns estudos demográficos dos anos 80 e em entrevistas realizadas que apontaram a cor/raça como um elemento precedente na preferência afetivo-sexual de parceiros. Como resultado dessas escolhas, haveria um “excedente” de mulheres negras “solitárias”, isto é: i) sem parceiros afetivos fixos; ii) sem relações afetivo-sexuais estáveis, em relação às mulheres pertencentes a outros grupos raciais. A fim de analisar como esta premissa se processa em contextos sociais específicos, optei por fazer uma pesquisa qualitativa baseada em observação, entrevistas em profundidade, análise de trajetórias e narrativas. Outras fontes complementares foram utilizadas: revistas, relatórios, recursos fílmicos, dados demográficos, históricos e literários e referências bibliográficas. As questões colocadas são as seguintes: como raça, gênero e outros marcadores sociais operam nas escolhas afetivas das mulheres negras investigadas? Como percebem as experiências da solidão?
Palavras-chave: Gênero, raça, escolhas afetivas, mulheres negras, solidão, afetividade.
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