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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Núcleos de Pesquisa em Gênero e Sexualidades da UFSC lançam cartilha de prevenção às violências sexistas, homofóbicas e racistas nos trotes universitários

Em comemoração ao dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) da UFSC elaborou a “Cartilha de prevenção às violências sexistas, homofóbicas e racistas nos trotes universitários”. Com o lema “trote é para brincar, não para maltratar”, o documento, que será distribuído a calour@s e veteran@s de diversos cursos da UFSC, busca alertar @s alun@s sobre a realização de trotes violentos, preconceituosos e discriminatórios. 

Tal ação contou com o apoio de diversas instâncias da UFSC, o Instituto de Estudos de Gênero (IEG), o Laboratório de Estudos das Violências (LEVIS), o Núcleo de Pesquisa Modos de Vida, Família e Relações de Gênero (Margens), o Núcleo de Estudos em Serviço Social e Relações de Gênero (NUSSERGE) e o Coletivo LGBT da UFSC (Gozze), além do Grupo de Ação Feminista (GAFe). Trata-se também de atividade apoiada pelo CNPq, por meio de projetos de pesquisa e de atividades de bolsistas de doutorado, mestrado, de graduação e de alunos do Ensino Médio da Grande Florianópolis que participam do projeto pioneiro de bolsas PIBIC de Ensino Médio na UFSC.. Juntamente com a cartilha, @s estudantes receberão um apito, instrumento utilizado durante muito tempo pelos movimentos feministas para que as mulheres pudessem solicitar ajuda em situações de risco potencial e violência de gênero. A ideia é a de que, durante a realização dos trotes, o apito possa ser usado pel@s calour@s para denunciar uma atitude violenta, preconceituosa ou discriminatória, seja sexista, racista ou homofóbica.

O documento informa também acerca da existência da Lei Estadual nº 15.431/2010, que proíbe a realização de trotes nos estabelecimentos de ensino públicos e privados. Para essa lei, são considerados trotes condutas e práticas que ofendam, constranjam e exponham de forma vexatória @s alun@s. Além disso, também ficam proibidas as doações de bens e as tradicionais arrecadações de dinheiro que seguidamente acontecem nas sinaleiras no entorno da UFSC.

De forma muito didática, contando inclusive com ilustrações, a cartilha exemplifica o que é legal e o que não é legal fazer nos trotes. Dessa forma, são incentivadas atividades nas quais @s alun@s possam se conhecer e se integrar, trotes solidários e confraternizações, e são condenadas brincadeiras sexistas, racistas ou homofóbicas, vexatórias, violentas, humilhantes, assim como a obrigação d@s calour@s à participação no trote. 

Informativamente, o documento traz a elaboração de conceitos como sexismo, racismo e homofobia, para que @s calour@s e veteran@s possam identificar brincadeiras que fazem parte do trote como preconceituosas e discriminatórias. Por fim, são dispostos diversos contatos úteis àquel@s que se sentirem violentados ou constrangidos, seja dentro da própria UFSC, como os da Ouvidoria e da PRAE, seja de organizações não-governamentais que atuam na defesa de direitos humanos ou órgãos do governo para os quais tais situações podem ser denunciadas. 

Contatos:
Profa. Miriam Pillar Grossi | miriamgrossi@gmail.com | Fone: 9131 55 90
Mestranda Fernanda Moraes (PPGAS/UFSC) | fermoraesazeredo@gmail.com | Fone: 9900 1322
Doutorando Felipe Fernandes (DICH/UFSC) | complex.lipe@gmail.com | Fone: 3304 7564


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